Ai! Não vi o armário...

Ai! De uma pancada uma idéia, cometer novamente loucuras, andar à toa sem destino, desta vez, não só, dividir contigo o que me fez acalmar, verá de outra forma o cotidiano, esquecerá os males, assim como eu, fará novos planos, definirá metas. Que a principal seja a felicidade, não importa as atitudes, quer exemplo?

Escolha um som que agrade e em local movimentado, onde somos todos máquinas, sente tranqüila e repare no tempo que perdemos correndo a lugar algum, note as pessoas, misture o trânsito, a música, posso ver seus olhos? Melhor não, mantenha-os fechados e olhe pra si, lembre de tudo o que não queira até encontrar toda tristeza acumulada, faça dela sua amiga, a convença.

Se sentir vontade de chorar, faça por completo, não só por lágrimas, use o suor, chegue ao seu limite. Quer gritar? Precisa de um ouvido? Que horas são? ...grite baixinho...limpe-se.

Já que gosta, estique a rede, amarre nos semáforos, flutue sobre a faixa de pedestres, deixe que todos atravessem, repare porém, em cada rosto...

Busque o objetivo de cada ser humano, se encontrar, siga um, dois, verá que na maioria não chegam ao final; Sem querer atrapalhar, volte para tirar a rede, afinal você não mais está parada, e o trânsito deve fluir, depende de você, apenas de você...

Opa! Começou a chover, quer abrigo? Venha, tem aqui um papelão, mas é meu, a você sugiro a chuva, deixe a roupa grudar, repare nos seus traços de mulher, não esqueça de refletir o luar...

Nossa! Você está suando, acho que é febre, está gelada, sou obrigado a esquentar, fazer o quê? Quer um chá? Onde coloquei o mate? Ah sim! No armário da cozinha...