A caçadora

A Caçadora

Quero falar com a Diana! – Quem quer falar? – É um amigo dela! - Como você tem a ousadia de se dizer “amigo” de Diana? Tenha-me respeito, pois, sou o irmão dela!

Em que confusão me meti! Em que confusão me meteu! Em que confusão me meteram! Afinal de contas entender o termo amigo como amante não deixa de ser uma estupidez! –Tenha calma meu amigo e chame-a, por favor, ou se preferir venha até a Taberna da Glória para discutir o assunto pessoalmente.

Não é necessário ela já vai atender, mas, por favor, não se diga amigo dela, pois, ela é minha irmã e moça de família! Que é de família acredito, porém, moça tenho certeza que não é; nós já conversamos demais, dando-me a impressão de namoro ao telefone.

Recebi Diana com profunda má vontade; ela radiante num vestido verde de gola preta parecendo uniforme de clube de futebol, sandálias de salto e uma bolsa em estilo saco, onde por visão de raios-X julguei ver uma arma; temi pela minha vida, mas confiei no amor! Perguntei-lhe o que tinha na bolsa e me mostrou a caixa com diafragma tamanho grande; fui obrigado a rir, imagine um diafragma tamanho grande! Era muito mais do que uma arma era uma tragédia, um verdadeiro instrumento de sedução!