O Chato no Bar

Era noite, o local, um Bar onde o Karaoke era a principal distração, entre goles de cerveja e drinks diversos, as pessoas se divertiam ao seu modo. Dos tantos que tinham coragem pra cantar lá na frente, um deles superava a todos, seu nome não sei, mas podemos chamá-lo de "Golpista", um singelo apelido, recebido em uma outra história que não irei me estender em contar (Conto: Prazer, Maribel). Este personagem adorava cantar no Karaoke, embora a maioria das pessoas daquele recinto não gostassem de ouví-lo, talvez pela sua falta de aptidão evidente, ele as fazia rir de algum modo, com suas gracinhas e trapalhadas no palco. Sempre que seu amigo, aqui apelidado de Petrúquio (lembrava o personagem de uma novela da TV Globo), ia cantar, lá estava ele, pronto para estragar a música, e assim foi a noite toda, o "Golpista", não deu trégua ao pobre amigo, em todas as músicas lá estava ele, tornando a canção inaudível a qualquer ouvido mortal. Sempre que o amigo subia no palco pra cantar, o "mala" se levantava em seguida e subia também, agarrava o microfone com as duas mãos, segurava bem forte e quase o engolia, tamanha embriaguez. Ao acabar cada música, agarrava duas senhoras de idade que estavam sentadas, tomava mais uns goles de cerveja e ficava aguardando o velho e bom amigo ir cantar novamente. De fato, Petrúquio deveria ser seu melhor amigo, mas vale aqui um recado, não abuse da amizade...hahaha!!!