Frio nos pés

Frio nos pés

Traga-me um casaco que estou morrendo de frio, pois, não estou acostumada a esse clima insuportável. Quero o mais rápido possível, enfiar meus pés numa água bem esperta, muito mais para escalda-pés. Há pessoas que não conseguem descobrir felicidade nessas pequeninas coisas; não se espantem de estar fazendo essa pequena preleção antes de contar o caso. A moça era pé frio e, além de usar meias e casaco, tinha necessidade de aquecer os pés em água quente; de fato, o frio era demais; que terra mais sem jeito. De dia calor insuportável e as noites e madrugadas frigidíssimas. O mais importante, é que ele tinha muito cuidado com os caprichos dela e achou boa a idéia de entrar em algum lugar para aquecer os pés. Quem sabe num hotel? Havia muitos nas imediações, com jeito de pensão. Interessante o desejo dela, pois, quem sabe corresponderia ao desejo dele? Ela queria aquecer os pés e ele as turbinas. A formação de seminarista fazia com que fosse profundamente respeitoso com as mulheres, mesmo nas ocasiões de dúvida, o que não era aquele caso. Concordaram, e foram para um hotel para que colocasse os pés em água quente, segundo ela, a única coisa capaz de aplacar os pés frios e não como pode parecer, que fosse colocar os pés em outros calores. Estava pronto para o que desse e viesse; entraram e pediram um quarto; ela pediu uma bacia de água bem quente, enfiou os pés e depois de algum tempo se disse aquecida, podendo ir embora. Imaginem a frustração da hoteleira; da hoteleira? As aparências enganam.