DESPERTAR II

Quando despertei assentado em um canto do meu caminho sobre as pedras estava eu, sem saber bem o porquê de estar ali vendo o cortejo passar, e eu encostado no caule de uma aroeira secular estático, com todo o meu corpo sobre o sol, a queimar a minha pele sem forças para sequer erguer e dividir, parte dele com a sombra que procurava me proteger do sol de meio-dia. Esbabacado de boqueaberto permanece por algum tempo, olhando na estrada projetada em minha frente sem palavras sequer, para expressar para mim mesmo, um verdadeiro e completo marasmo, todo branco percorria toda minha existência, ali onde tudo é belo e esplendido esculpido pela magnífica Mãe Natureza, estava sem ver e sentir nada absolutamente nada, admirando o que nem bem eu sei, pois a mente vazia, os pensamentos distantes a imaginação vulgar e pequena não reflita o que eu, queria pensar e até mesmo as coisas concretas e reais que embeleza a terra parecia sem vida e sem valor algum.

Permaneci quieto por um longo tempo, sem saber o que fazer, os meus pensamentos iam e vinha tudo branco e a sombra cada vez mais ia ficando mais distante e o astro rei cada vez mais esquentava o meu corpo, quando de repente uma súbita vontade de sair logo dos raios de sol bateu dentro de mim, me impulsionando de uma só vez me ergue e comecei a caminhar em direção a sombra de uma mangueira, que estava bem distante em minha frente. Não sou filosofo nem estudioso só que quando me peco neste dilema, sem saber bem o que quero e o porque, que em muitas vezes eu mesmo duvido de mim mesmo, procuro logo encontrar-me novamente.

E como não quero que estes instantes prevalece dentro de mim, mais eles existi, e ali quando aproximei da sombra daquela gigantesca mangueira secular, comecei a refletir sobre meu dia e comecei a sentir-me bem, pois o meu dia tinha sido ótimo, belo, maravilhoso até quando estava perdido encostado no caule da aroeira sem coragem e animo algum para ir para sombra, vale muito em meu dia, por que sempre penso e procuro viver aprendendo, principalmente mais com os meus momentos de insegurança e medo, por tanto quando sentir-se o ultimo dos seres não fiquei triste e não deixe seus tormentos tornarem, maior do que realmente são, faça deles degraus, em sua escada e vai com calma e coragem galgando cada degrau mesmo que para isto tenha de suar, sentir dor e até chorar, por que o que mais vale em nossos dias são cada momento bem vivido em seu todo seja na dor ou nas alegrias, só que, não podemos deixar os momentos de dor que são muitos tirarem, nosso brilho de sermos humanos. Por tanto busque fazer dos poucos instantes de prazer pela vida, fluírem a cada instante seja, nas dores ou nas alegrias espalhe a felicidade que existe dentro do seu peito.

Nute do Quara

CAMBRAIA JJOÃO
Enviado por CAMBRAIA JJOÃO em 29/09/2009
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