Ela

Ela vai a festas! Não está nem aí para o que os outros pensam, só para si.

Seus pais sabem de tudo, mas preferem acreditar que ela está estudando com as amigas. Ah, amigas! São apenas “fachadas” que escondem inveja e ódio. Andam de braços dados, mas se odeiam tanto quanto se “lambem”.

Ela é feliz! Tem um corpo escultural, um rosto de boneca e um sorriso encantador sempre à mostra. Os homens param para vê - la passar, mas ela não se inibe, ao contrário, exibe de maneira estarrecedora aquilo que a natureza lhe deu.

Beijos, abraços, agarros, sexo, dança. Sua vida se resume a isso, sua juventude é seu trunfo.

Apesar dessa aparente alegria, por trás de seus decotes, colares, da maquiagem nada discreta e da mulher ousada, se esconde uma garota mal amada, sem esperança, sem sonhos, sem vida! A lembrança de seu pai agredindo sua mãe ainda existe, assim como a de sua mãe escondendo os hematomas de medo do que os outros pensam...

Ela vai a festas! Não está nem aí para o que os outros pensam, só para si.

Enquanto pensa que tem os homens em suas mãos, torna - se apenas escrava de suas próprias lembranças!