Adágios Populares

Mamãe sempre nos advertia através de adágios ou provérbios populares, alguns até já deturpados pelo linguajar do povão.

Todas as vezes que algum de nós aparecia com alguma micose ou coisa parecida, ela dizia: cachorro que muito anda só adquire rabujo pra si e pra seu dono.Quando brigávamos ou éramos incomodados por algum menino malcriado ouvíamos o ditado: Quem boa romaria faz, em sua casa está em paz.

Quantas vezes fomos advertidos após uma decepção por confiar em alguém, através da sua boca profética assim:” Quem não tem tu é tu mesmo” ou “Quem quer vai, quem não quer manda”.

Quanta sabedoria ensinada de maneira tão simples, mas de forma tão certa! Até hoje me oriento nas mais diversas situações por alguns daqueles adágios populares que tanto ouvi dela.

Questão de gosto não se discute era a regra usada para ensinar que cada um tem o direito de fazer o que lhe agrada sem dar satisfações a ninguém, desde que não fira a alguém.

“Ingratidão tira a afeição”, era a máxima de ouro usada para justificar que o amor também pode arrefecer quando não é cuidado, que através de maus tratos às vezes morais e espirituais, nossos sentimentos podem mudar.

"Aquilo que não tem jeito, o jeito tá dado" era o slogan usado para os casos sem solução.

Ri melhor, quem ri por último...quantas vezes ouvi isto, e quantas vezes a vida me provou que esta é uma grande verdade!

Os ensinamentos dados através dos prevérbios populares foram por mim assimilados e estão presentes na minha metodologia materna, e, acredito que acompanharão meus filhos e até outras gerações.

Podem parecer até tolos, mas no fundo são portadores de uma sabedoria infinita.