A cinco minutos do amor (Parte II)

Larissa olhava em sua volta a procura do seu amado e nada encontrava. Ao longe, um belo rapaz acompanhava seus movimentos, suas incertezas e inseguranças e ficava a se perguntar o por que da sua inquietação.

As horas passavam, o sol estava cada vez mais forte e Larissa já pensava em retornar para casa. Seus olhos encheram-se de lágrimas, um nó na garganta aumentava a cada segundo e não conseguiu controlar as lágrimas de decepção que rolavam lentamente em seu rosto.

Seus pensamentos estavam confusos, não sabia o que fazer diante de tamanha desilusão. O que será que acontecera? Por que será que não comparecera? Será que algo aconteceu? Que faço eu?

Após passarem longos trinta minutos de espera sem sucesso, Larissa lentamente levantou-se, com uma certa esperança de ainda encontrá-lo e foi caminhando em sentido de casa. A tristeza em seu coração a acompanhava em passos lentos, sentia muito forte a presença do seu amado, como se estivesse observando-a durante seu percurso, um vazio enorme a acompanhava, em meios às árvores o silêncio era cortante.

Percebeu após alguns minutos de caminhada que uma sombra a acompanhava pelas árvores do bosque, ficou curiosa e ao mesmo tempo temerosa de quem seria. Acelerou os passos, a sombra acompanhava seu ritmo e repentinamente percebeu que cada vez estava mais acelerado, até que começou a correr, e tinha apenas uma percepção que as árvores se mexiam e sentia a presença de alguém. Começou a olhar para trás e correr sem parar, seu desejo era de chegar em casa o mais rápido possível, já não pensava mais em seu amado e de repente esbarrou em um rapaz em seu caminho e quando percebeu já estava no chão.

Nunca tinha visto esse rapaz pela redondeza, mas sua presença a intimidava... o sol batia nos seus cabelos e os faziam brilhar, juntamente com seus olhos verdes que irradiavam o dia. Quem será esse rapaz? Pensou Larissa.

Olinda, 16 de agosto de 2006.