O rico e o pobre

Eis que um jovem de tenra idade, muito bem cuidado, com perfumes importados e carro com chofer e até com empregado disponível 24 hs para seus mais imbecís caprichos a pedir, chega a universidade, já com seus 18 anos, sem experiência profissional, já que seu pai, um exímio empresário, lhe bancava tudo. Ele nunca teve que lavar seus trajes, jamais entrar num transporte público.

Seu objetivo era seguir o mesmo caminho que seu pai, com grande status, empresário, daí uma presidencia, uma herança, uma vida igual, aliás a mesmice de sempre.

Já na faculdade teve acesso a outros jovens de classe média e com outros rumores na vida.

Nem sabia ele, no corredor, naquele dia, ele atrasado, já que não tinha costume com horários tão rígidos, acordara tarde,, correndo esbarrou no faxineiro da faculdade, daí a resmungar foi só um segundo:

- Como você esbarra em mim, não sabe quem eu sou?

O faxineiro humildemente pede desculpas e constrangido diz:

-Não senhor não sei, mas não importa, sei do mal que lhe causei, atrasando-lhe , e me arrependo.

O jovem mimado inconformado pega um cartão do seu bolso e entrega-lhe dizendo:

-Como não importa, eis aqui meu cartão, da próxima vez que tiver que esbarrar em alguém, faça isso com alguém de seu ramo ou seu nível.

O faxineiro triste com o ocorrido abaixa a cabeça ao guarda o cartão do jovem.

Passou-se dias, meses, anos, e o jovem se formou, que bela formatura. seu pai morreu, e teve que administrar a empresa herdada, mesmo sem experiência.

Num momento não esperado recebe um fax de urgencia:

Comparecer na audiência no dia...

Pasmen...

Todos os funcionários queriam seus direitos trabalhistas atrasados, já a 6 meses desde o falecimento do ex-dono Sr Muhad.

-Bom - pensou o jovem herdeiro, como estudei na faculdade de grande repercussão e tive contatos com os que se formariam futuros Juizes, promotores, desembargadores, advogados, não terei o que temer. Me informarei como me sair bem desta.

Porém chegado o tão esperado dia pelos funcionários, nada apresentou-se como esperava pelo jovem Muhad filho.

Surgiu do nada uma testemunha, muito bem vestido, e dele pode se ouvir tudo e um pouco mais contra o tal empresário .

Surpresa maior foi observar o semblante de tal testemunha, nada mais nada menos, que aquele faxineiro , sim aquele que esbarrara no passado no corredor da faculdade.

Mal sabia ele (empresário), que na empresa que até então era de seu pai, este mesmo faxineiro trabalhara meio periodo, tendo assim seu salário mais suficiente para pagar sua faculdade.

Nada mais surpreendente foi saber que este até então a seus olhos ''faxineiro'', formou-se em administração de empresas, especificou-se em comercio exterior, e a pior notícia...era atualmente seu forte concorrente, um grande empresário, já com experiencia, e tem por objetivo, aumentar seu quadro de funcionários, especificamente com quem fora ex-funcionário da empresa agora herdada.

Agora judicialmente prejudicado, sem funcionário, sem empresa, pois seria a unica solução de negociação, sem emprego, (será que teria uma vaga para ele de faxineiro na empresa concorrente), ninguém esperava por um mero faxineiro...se vingando finalmente...de um burgueszinho mimado.

Tai a moral da Estória :

Quando esbarrar em alguém, não deixe o seu cartão, isso pode gerar futuros contatos e nem sempre são os esperados.

CIDA MOURA
Enviado por CIDA MOURA em 19/04/2010
Reeditado em 19/04/2010
Código do texto: T2205654
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