Meu ouvido me sonda...

Não deixando passar nem mesmo um vento no furo do cobertor fechei meus braços, encolhi minhas pernas puxei meu primo gugu para mais próximo do travesseiro que dividimos juntos um do outro, fechei os olhos, mas não adiantou fiquei ouvindo aquilo??? ... Por minutos imaginei alguém que pudesse ser ao caminhar pela casa, pois casa de porão e assim mesmo têm barulho. Pareceu então que somente eu estivesse ouvindo aquilo, não contentei cutuquei meu primo com o indicador direito, tom pude perceber que ele só mexia, mas não respondia para mim, fiquei pensando será que não quer responder ou não esta me sentindo cutucá-lo? Sendo uma duvida me virei para meu pai, logo pensei gugu sem algodão na orelha, sem caipirinha na veia nem mexeu meu pai nem vai sentir...

Pois me enganei no primeiro cutucão meu pai afastou, engraçado e dizia assim:

--- opa! Pulava um pouquinho na cama. Depois mais uma cutucada minha – ele dizia Opa! Saí daí?

Logo pensei será que ele sabe que sou eu que o cutuquei?

Querendo uma resposta rápida, voltei a cutucá-lo, logo se movendo disse: Opa! Sai daí?

Confesso que não entendi, sei que o barulho que me chamou a atenção, não o ouviu mais, pois...

Porém uma voz lá no fundo fazia som bem pequeno como que alguém rezasse baixinho... Então não pude me conter passei a fingir roncar... Roncar... Roncar!

Logo me dei conta que meu pai saiu da cama para ir ao banheiro pensei, ficou com dor de barriga de medo do barulho que me incomodou. Por fim passou a noite naquela casa onde comia broinha de fubá, e bebia leite de roça.

Vanderlei framil melo
Enviado por Vanderlei framil melo em 30/06/2010
Reeditado em 30/06/2010
Código do texto: T2350032
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