Próximo de onde residíamos, havia uma propriedade da família Mendon. Eram terras boas para o cultivo, na parte alta, e a encosta e as terras baixas eram usadas como pastagens. No fundo próximo ao córrego, havia um charco, ao qual o Sr. Mendon solicitara aos filhos, cercá-lo para se precaver de possíveis acidentes com animais.
O seu rebanho, composto de vacas leiteiras, bezerros e terneiros, não era lá muito bom e para melhorar a qualidade do plantel, adquiriu um touro nelore de boa linhagem e de alto preço.
As cercas estavam esqualepadas ( situação precária), pois os filhos não eram muito chegados ao trabalho.
Os dias passavam pachorramente e nada dos rapazes fazerem o isolamento do tal charco.
Um belo dia, o velho dá por falta do seu precioso touro.
Pergunta para um, pergunta para o outro e ninguém sabe, procuram e não acham, até que um se lembra do "amaldiçoado" charco, vichi, e agora?
Discretamente chama os irmãos e para lá se dirigem e constatam que o touro está atolado até o pescoço.
Puxam, puxam, e nada.
Buscam os cavalos, puxam, puxam e nada.
Aí, a infeliz idéia: amarrar o touro no rabicho do trator, pronto o touro saiu.
Inquiridos pelo pai, respondem:
-Encontramos o touro, estava atolado e o tiramos, mas ele não anda.
O pai foi ao local, examinou e arrematou:
-Não vai andar nunca, vocês quebraram o pescoço dele!