LEMBRANÇAS DO PASSADO - Capítulo VIII

CARO(A) LEITOR(A) ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS, PARA ENTENDER A HISTÓRIA, SUGIRO LER OS SETE CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABAÇO. MARIA LÚCIA.

No dia da eleição foi aquele alvoroço! Gente pra todos os lados, desejando vitória para papai. Dona Maria apesar de grávida, trabalhou o dia todo.

Passou-se todo o processo das apurações, desde as primeiras urnas, papai levava vantagem.

Papai era Deputado Federal e tínhamos de nos mudar para a capital Federal que naquele tempo era o Rio de Janeiro.

Eu estava muito triste em deixar Iracema, pois depois de papai, era a única pessoa que eu tinha verdadeira confiança.

- Eu não posso ir, Oscarina, como vou e deixar meu marido e meus filhos? Não tenho condições de deixá-los. - Iracema falava e chorava como uma criança. Eu também chorava sempre que me lembrava que iria me separar de Iracema.

Foi tudo preparado para a nossa mudança no final do ano.

Terminei o ano letivo muito bem cololocada. Todas as professoras gostavam muito de mim, sentiram a minha partida, mas ao mesmo tempo contentes, pela vitória de papai.

Já estava tudo embalado para a mudança.

Estávamos todos prontos para partir, naquele dia que fazia um ano da morte de tia Júlia.

Fui ao cemitério, me despedir de tia Júlia, que estava no mesmo túmulo que mamãe e meus avós paternos descançavam.

- Tia Júlia, vou embora para o Rio de Janeiro. Sou criança e tenho que acompanhar papai, mas não vou muito satisfeita, eu gosto muito daqui de Belém, mas o que posso fazer? Tenho de ir. Deixo a senhora com grande pesar, mas meu pensamento ficará sempre na senhora. Eu nunca vou me esquecer de seus ensinamentos, vou tê-la eternamente em meu coração...

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 18/09/2006
Reeditado em 26/09/2006
Código do texto: T243097