LEMBRANÇAS DO PASSADO - Capítulo XI

CARO(A) LEITOR(A), ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS, PARA ENTENDER A HISTÓRIA, SUGIRO LER OS DEZ CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

Quando dona Maria chegou do hospital eu a esperava com muita ansiedade:

- Que linda é minha irmãzinha!

Fiquei encantada com a beleza de Natalina. Queria estar sempre ao lado dela, mesmo nos momentos que estava dormindo.

- Eu irei ser uma grande companheira dela...

- Tira a mão da menina! Você lavou a mão? Eu não vou permitir que você encoste estas mãos imundas nela!

Eu me entristecia com as posições de dona Maria a respeito à minha pessoa. Vivia me vigiando para não encostar as mãos em Natalina.

* * *

O tempo foi passando e eu acostumando com a idéia de ficar sempre afastada da minha única irmã.

Chegaram os tempos das aulas. Papai matriculou-me no melhor colégio do Rio de Janeiro. Eu cursava o 3º ano. Começaria o 3º livro!

Não sei se foi pelo fato da mudança de sistema de ensino, ou foi reflexo da má convivência em casa, só sei que não ia muito bem no colégio.

Quando papai tinha tempo disponível, ele me ajudava, mas ao contrário não contava com ninguém para me ajudar.

Mudamos para a casa nova. Era uma casa imensa, maior do que a de Belém. Para uma família pequena como a nossa, era até um desperdício.

* * *

Com muito esforço consegui vencer o ano, não tão bem colocada como em Belém, mas consegui um quarto lugar, que para mim foi até muito, devidas as condições que comecei o ano.

O tempo passava do mesmo jeito. Dona Maria sempre me ostilizando, eu sempre suportando.

Natalina crescia uma graça, era o centro de todas as atenções da casa.

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 25/09/2006
Reeditado em 26/09/2006
Código do texto: T249116