LEMBRANÇAS DO PASSADO - Capítulo XII

CARO(A) LEITOR(A), ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS, PARA ENTENDER A HISTÓRIA, SUGIRO QUE LEIA OS ONZE CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

Chegou o dia do aniversário de um ano de Natalina. Foi uma grande festa.

Já estávamos no ano de 1943, eu cursava o 4º ano com dez anos de idade.

Fui muito bem sucedida neste ano. No ano de 1944 fazia a 1ª série ginasial com onze anos.

* * *

O tempo passava na mesma rotina. Um dia depois que dona Maria fez mais uma de seus cenas de esterismo eu perguntei:

- Dona Maria, por que a senhora não gosta de mim?

- Não gosta, não! Por que a senhora me detesta? Por que eu te detesto, você prefere conversar com uma boneca de trapo a conversar comigo. Tudo que eu puder fazer para te martirizar eu o farei. Eu te detesto mais é por causa daquela velha nojenta, sua tia Júlia que não queria que seu pai se casasse comigo. - falava dona Maria com os olhos arregalados.

- Mas, a senhora não se casou com papai?

- Casei, mas perdi muito tempo. Se estivéssemos casado quando aquela bruxa fosse viva, você teria ficado com ela, não teria ficado morando conosco para nos atrapalhar...

- Veja lá como a senhora fala de tia Júlia! Eu não admito que a chame do jeito que a senhora está chamando. Para mim ela é uma santa. - já falei correndo e subindo as escadas que dava para o meu quarto.

- Eu ainda invento alguma coisa para ficar livre desta criatura! - ouvi ainda dona Maria falar.

* * *

Todo aquele ano foi igual aos outros. Apesar de ter mudado o sistema de matérias, mais professores, línguas estrangeiras: latim e francês eu fui muito bem sucedida, mas com muito esforço.

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 25/09/2006
Reeditado em 26/09/2006
Código do texto: T249146