Carta ao Transeunte

Carta ao Transeunte.

Antes de qualquer coisa, gosto ser de sucinto e preciso, embora minha história seja longa... Resumindo, sou imortal! Mas não imortal como as lendas de vampiros, ou como os filmes, tal como o Highlander, se bem que não lembro de ter perdido a cabeça... Pois bem. Eu não possuo poderes extra-sensoriais, nem nenhuma força extrema, minha única capacidade é ter uma saúde plena... É conseguir me manter são... É... O tempo enlouquece... E não, eu não escrevi aquela música – Eu nasci, há dez mil anos atrás... Sou um pouco mais novo, embora já tenha visto coisas que até Deus duvida... Sim! Eu acredito em Deus, pois Deus está na cabeça de cada um, Afinal já fui padre, pagão, mago, cafetão... A mesma vida às vezes enjoa, com o tempo aprendi a fazer as pessoas acreditarem em mim, posso dizer que possuo lábia, quando se tem lábia as coisas acontecem, por mais incríveis que pareçam... Aí... Resolvi me abrir para ver se as coisas mudam, ou sei lá talvez desabafando eu encontre minha real função, pois essa de ser espectador da história dá no saco... Foi mal a expressão. Mas já to ficando entediado, com sono e vou dormir um pouco... Amanhã a gente se fala.

De : Alguém da Silva

Av. Venceslau Bras, 65 - Botafogo, Rio de Janeiro - RJ

Ala B, leito 3

Renan Wangler
Enviado por Renan Wangler em 15/09/2010
Reeditado em 16/09/2010
Código do texto: T2500353
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.