Alice no Pais Periferia ou o Pássaro Vermelho

Alice estava sentada sozinha no alto da caixa d´água da escola onde estudava.

De lá podia ver os sobrados que ficam mais perto da escola, casas grandes, bonitas e com telhados de cerâmica. As ruas estavam vazias ali perto da escola, era um dia de sol, céu azul, poucas nuvens e alguns pássaros voavam de uma arvore a outra que haviam ali perto. Pensou que já fosse hora do almoço, pelo sol estar bem no alto do céu, mas não estava com fome, e se estivesse não ia almoçar.

Olhando um pouco mais a frente dos sobrados envolta da escola, podia ver onde morava, os prédios do conjunto habitacional do município, construídos ali para substituir a favela que havia, mas não funcionou, por que alguns moradores venderam os apartamentos, gastaram o dinheiro e construíram barracos de maderite novamente.

Pensou se naquele momento era realmente a hora do almoço,o sol estava quente, e começaram a brotar as primeiras gotas de suor no seu rosto, mas Alice estava decidida a não almoçar...nunca mais.

Observou os pássaros novamente e pensou:

- Eles sim são livres, podem voar de onde quiserem pra onde quiserem, fazem o que querem e não devem satisfação da sua vida a ninguém.

Alice então levantou, e com os pés descalços foi ate a beira da caixa d´água, a ponto de dobrar os dedos dos pés de modo que eles ficaram pra fora da caixa d´água. Os pássaros então voaram ate a caixa d´água e posaram ali ao lado dela, e ela lembrou do que a fizera estar naquela situação...

(...)

Havia naquele colégio um garoto que todas as garotas acham bonito. Lucas. Lucas era um negro de pele clara, com 1,90 de altura e olhos verdes, era forte e recentemente deixou os cabelos encaracolados crescerem e começou a trabalhar como modelo em eventos. Um rapaz bonito, educado e inteligente, que andava sempre com uma meia dúzia de rapazes que talvez o seguiam como se ele fosse um Deus, que por sinal era o seu apelido na escola, Deus.

Alice sempre achou que Lucas nunca a notara, mesmo estes terem estudado 5 anos de suas vidas na mesma escola, na mesma sala, e sempre sentaram a no máximo uma carteira de distancia, nunca se falaram. Até a alguns dias atrás.

Era o horário de intervalo, os tradicionais 15 minutos de vida social adolescente, e naquele dia estava um calor exaustivo, o pátio pequeno, a super lotação de escola publica e o barulho ensurdecedor. Alice estava nos tradicionais dias de expulsão de óvulos não fecundados e nascimento de outros, estava no canto do pátio com algumas amigas conversando como de costume, quando subitamente ela sentiu umedecer sua calcinha. Entrou em desespero contido, pânico surdo, sabia que se falasse a alguma amiga, a mesma poderia mais tarde falar a outra que falaria a outra e isso a tornaria uma indesejável celebridade. Alice começou a suar frio, a tremer e a empalidecer, mas não disse uma palavra. Então teve a idéia de esperar o sinal bater e todos irem entrar para a sala, para ir ao banheiro e trocar de absorvente, mas... e a calça? E se a calça estivesse suja? Como iria embora?Talvez se estivesse suja, poderia ir ate a diretoria e pedir dispensa da aula, mas teria que contar o ocorrido e a quem contasse, provavelmente comentaria com outra pessoa que comentaria com outra pessoa e a tornaria a celebridade indesejável da mesma forma. Pelo pior, ela decidiu esperar o sinal bater...

(...)

Alice então decidiu sentar-se novamente, estava ficando com fome e se não fosse hora do almoço, em um dia comum, iria almoçar agora, não iria porque estava definitivamente decidida em não almoçar mais. Estava sentindo seu corpo quente, o suor escorrer em sua tez e algumas gotas ate caiam em seus olhos e ardiam, mas nada que a tirasse do seu objetivo. Iria ser o ultimo dia que veria a vista dali, que veria os sobrados grandes com seus telhados de duas águas, que veria os prédios do conjunto habitacional municipal onde morava e a favela que brotava pela segunda vez que ficava envolta. Seria a ultima vez que veria os pássaros voarem entre as frondosas arvores da escola. Ela lembrou então da primeira vez que esteve com o Lucas ali encima da caixa d´água da escola e suas lagrimas correram pelo seu rosto, e sentiu pena de si mesma, depois raiva do Lucas, depois saudade de suas mãe e de suas amigas, depois não sentiu mais nada. Experimentou o vazio de quem não tem mais nada a perder...

(…)

Os minutos demoraram décadas a passar, talvez milênios, ate que não agüentou se segurar mais no seu desespero estático e pânico surdo, e sentou. Uma de suas amigas que ali estavam, a mais próxima, olhou de cima a baixo Alice e perguntou:

-Você esta bem Alice?

Essa era sua chance, era sua esperança de obter ajuda e contar com a caridade alheia, a chance de acreditar no ser humano e talvez, que as intenções eram as melhores possíveis, que por ser mulher, a amiga entenderia o desespero e a vergonha e manteria segredo de estado...

- Acho que comi alguma coisa que não me fez bem.

E lá se iam as suas chances. O sinal tocou. Todos começaram a entrar e Alice esperou, esperou e esperou, ate que quase todos estivessem entrado, só restava Lucas e sua turma, Zeus e seu panteão, ou o Demônio e seus asseclas, e eles não entraram. Alice lembrou que hoje era dia de jogo do time de basquete da escola contra a escola Heckel Tavares e que dali do pátio eles iriam para a quadra, e Alice obviamente entrou em pânico surdo mais uma vez, mas dessa vez ela não pode controlar as emoções e começou a chorar.

Os rapazes viram a garota chorando e se aproximaram, talvez para ajudar, ou talvez só para saber o que estava acontecendo, e Alice não sabia qual era o objetivo e gritou

– Não venham aqui, vão embora daqui por favor.

Os garotos pararam, mas, Lucas continuou a passos lentos e vagarosos e disse:

- Calma, eu só quero ajudar... ela então não respondeu e se derramou em prantos. Quando Lucas se aproximou, ele se sentou ao seu lado e não falou nada, só ficou ali, parado, sem olhar para ela e quieto. Quando ela decidiu falar, ela se aproximou do ouvido de Lucas e sussurrou o problema, e ao terminar de ouvir, Lucas olhou fixamente nos olhos de Alice e quis rir, se segurou e disse:

- Eu vou te ajudar, mais você vai ficar me devendo... Alice. Naquele momento ela ficou em duvida, ele quis rir, talvez de deboche, ou talvez pela infantilidade de ela estar sofrendo tanto por um problema que é natural ocorrer, mas teve uma palavra que ela teve que levar em consideração, ele disse Alice.

Lucas então disse para os garotos correrem e irem chamar a professora de educação física, todos, e eles assim o fizeram, quando o pátio estava definitivamente vazio, eles correram para o vestiário masculino.

No vestiário masculino, Lucas disse:

-Tire as calças.

-O que?

-Confie em min...

-Pra que?

-Faz logo o que estou te falando se não a professora vai chegar e todos vão saber

-Mas...

-Rápido.

E Alice começou a se despir. Lucas abriu o seu armário(algo raríssimo em escola estadual, mas nesta havia para quem fosse dos times da escola) e tirou uma calça sua que estava lá, e quando foi se virar para Alice, não pôde deixar de notar seu sexo, desnudo, somente a carne e pelo, e ficou por alguns segundos observando.

-Joga logo.

-Primeiro me joga a sua.

-O que?

-Joga a sua pra eu guardar, ou você vai sair com essa calça suja?

Então ela jogou a sua, calça e calcinha. Ele a pegou, jogou a ela a que estava em sua mão e a dela, guardou em seu armário.

Em seguida empurrou umas carteiras velhas que haviam ali, para ficarem abaixo do buraco do forro do vestiário, e subiu primeiro, lá de cima mandou ela subir e ela o fez, andaram pelo forro ate a caixa d´água, subiram por uma escada que havia ali propositalmente, ele tirou algumas telhas, passou por elas e em seguida a puxou, encima do telhado a pegou e disse:

-Você me deve agora.

Em seguida a puxou e a beijou.

-Anda por cima da telha e sobe encima da caixa d´água, do outro lado dela tem uma escada que desce ate quase embaixo, daí você pula e vai pra casa...

(…)

Foi a primeira vez que a Alice viu a vista de cima da caixa d´água, em fuga, a luz do dia, e com o Lucas. Agora não importava mais, pois era o lugar onde ela se iludiu, onde ela confiou e

foi traída, ou talvez ela mesmo tenha se traído momentos antes de chegar no lugar onde naquele momento, ela estava derramando lágrimas tímidas e lentas que umedeciam a sua face se misturando com o suor que escorria por conta do sol quente.

Alice já estava ficando tonta, seu estomago doía e fazia barulho pedindo comida, mais ela estava decidida, senão morresse de fome, morreria num vôo, num salto imitando e tentando alcançar a liberdade dos pássaros que residiam ali naquelas imediações da escola e de sua casa. Mas não estava pronta ainda, sabia que ainda poderia agüentar mais, já estava a 20 dias sem comer e estava chegando ao seu limite, e quando este chegasse, tinha medo que o desespero para conseguir comida e o pânico da morte a fizessem descer da caixa d´água, e se não fossem estes os motivos, seria a benevolência da alma em não interromper o crescimento da vida que já existia em seu ventre, agüentaria um pouco mais.

(...)

No mesmo dia, um pouco mais tarde, soube por um telefonema daquela amiga que perguntou se estava bem momentos antes do dia, e que ligou para fazer a mesma pergunta e que obteve a mesma resposta, que o time de basquete dos garotos haviam ganhado do outro colégio e que estavam nas finais do campeonato estudantil. Se sentiu feliz por isso. Algumas horas depois, recebeu um telefonema, do Lucas, dizendo para ela ir na casa dele ir buscar a roupa. Ela sentiu uma sensação que não sabia descrever, seu corpo estava quente, mas ela suava frio, suas mão tremiam segurando o telefone, em sua cabeça passava a duvida de como o Lucas tinha o seu numero de telefone, pensava se o Lucas gostava dela, se ele era de confiança, ou se queria só sexo, e após de anotar o endereço da casa dele, sua voz embargou quando respondeu pra ele: - Eu vou Lucas...

(...)

Alice sentia que chegava perto do seu limite, seu estomago doía muito, ela já não estava concatenando suas lembranças do desastre que vivenciou dias atrás, suava frio e se sentia tonta, os pássaros que estavam ao seu lado, encima da caixa d´água, pareciam maiores e escuros agora, de formas destorcidas, sabia que agora era definitivo, não haveria mais volta, foi então que ela ouviu uma voz fina e irritante dizendo:

- pula.

(...)

Ao chegar na casa de Lucas, viu que havia uma pequena reunião, uma festa de comemoração talvez, mas haviam poucas meninas, pode contar 3 e eram totalmente desconhecidas, umas meninas

que, de certo não eram dali de onde eles moravam, mas reconhecia todos os garotos, em sua maioria do time de basquete. Logo que adentrou na casa, viu Lucas, que veio recepcioná-la, e assim que se aproximou, ele lhe deu um caloroso beijo.

(…)

-Pula.

-Ela não vai pular.

-Vai sim. Ela é fraca.

-Não é não, só foi inocente.

Eram os pássaros conversando com a Alice.

(…)

Lucas após beijá-la, pediu que abaixassem o som, e propôs um brinde, que em seguida lhes

foram entregues duas taças, dadas por uma daquelas garotas estranhas, que trocou um olhar...diferente com Lucas.

-A garota que nos deu sorte para chegarmos na final.

E todos beberam. Alguns minutos se passaram, muita musica e mais bebida, e quem não era de beber, se sentiu extremamente livre e leve, começou a rir e a dançar, as musicas dançantes logo foram substituídas por musicas com batidas eletrônicas quase que repetidas e semelhantes, e Alice começou a se sentir cada vez mais leve e livre, parecia que estava levitando, voando, dava risadas e dançava muito, éra como se seu corpo não parasse quieto no lugar,e dançou e bebeu. Algum tempo depois, as garotas estranhas que estavam nesta festa se aproximaram e começaram a dançar com Alice, e uma delas, falou com um sotaque da região sul do pais:

- Como você chama guria? - Alice. - Seja bem vinda Alice...seja bem vinda ao pais das maravilhas, Alice no pais das maravilhas.

E elas começaram a dançar todas juntas, e não demorou muito, duas das garotas estavam se beijando, e a outra beijou Alice, que sem se dar conta do que estava fazendo, a beijou também, neste momento a festa foi ao ápice. Ao Êxtase.

(…)

-Por que você não pula de uma vez?

-É pula logo Alice.

-Vem voar com agente Alice.

-Gente não voa menina Alice, gente tem que ficar com os pés no chão.

-A Alice voa. A Alice voou outro dia.

-Vem voar com agente Alice. Vem.

(…)

Pouco tempo depois, Alice estava passando por uma sensação... diferente, hora ela via o que ocorria, e hora ela não via mais nada, e quando se dava conta, estava em outra parte da casa com outra pessoa, hora beijando uma das meninas, hora beijando um dos garotos do time de basquete, hora com um outro garoto do time de basquete com as mão no seu sexo, hora ela estava com a boca no sexo de uma das outras meninas, hora uma das meninas estava com a boca no seu sexo, e quando se dava conta, se sentia mal com isso, mas não era ela quem controlava, os momentos estavam se alternando com muita rapidez, ate que uma hora ela se deu conta de que estava com o Lucas, e disse:

-Por favor, me ajuda, eu não sei o que esta acontecendo comigo.

-Pula Alice.

-Não esta acontecendo nada Alice, você esta no país das maravilhas.

-Vem voar com agente.

-Não, não eu quero ir embora, fala pro seu amigo desligar a câmera, ei por que você esta filmando?Lucas eu não quero que me filme, Lucas pega lá minha calça, eu só vim buscar a minha calça, ei, para de filmar por favor, eu não, quero ir embora, me tira daqui Lucas, Lucas eu te amo Lucas, me leva daqui, eu não to me sentindo muito....

Alice desmaiou. Na verdade não deve ter sido um desmaio, por que, de certa forma entrecortada e ruidosa, ela conseguia ouvir o que se passava a sua volta, mas não enxergava nada, e pôde ouvir coisas como oispfapfflevaproiquadrtoartttt – xzderttotiraroupadelaéiyttss- vvvfeuygedivemvoarcomagentezzzsssadxxxccv- uhytra dmprimeirooejnafnon-mdeybyel10contoiiiud msmoeomroocuévinte,eo,f wwweugrgsmfeinpulaalicevoalicevemvoarcomagentecuévinteeusouoprimeiropulaocuévintevemvoarcodamagentetgvdewef.

Ela acordava e podia ver um quarto e vários garotos envolta dela manipulando seus pênis de fronte ao seu rosto, e apagava. Acordava novamente e via que estava no banheiro e uma das garotas ensaboava seu rosto, sentia a água fria, apagava. Acordava novamente e via o quarto de antes e sentia uma forte dor no seu anus. Até que apagou de vez.

Acordou com uma tremenda dor de cabeça em um quarto de hospital, sua mãe e sua amiga, aquela que perguntou no pátio do colégio e que ligou pra perguntar,estavam sentadas ao seu redor, perguntaram o que aconteceu, mas Alice só conseguia chorar...

(…)

-A Alice não vai pular.

-Vai sim, ela é fraca.

-Pula Alice, pula vem voar com agente.

Alice estava muito tonta, com muita fome e estava no seu limite, finalmente ele chegara, e ela sabia que era a hora. Ela levantou, foi ate a ponta, abriu os braços e ouviu uma voz diferente, vinda dos pássaros também, mas agora surgiu um pássaro diferente,ele era vermelho, se distinguia dos outros e se parecia com um pardal. Um pardal vermelho...

(...)

Alice passou 22 dias no hospital, teve que fazer uma cirurgia no reto, os pontos doíam e inflamaram, o que lhe incomodava muito por que ela ficava constantemente deitada, nestes

dias ela pensou em muita coisa, principalmente em se matar. Ela teve algumas conversas com uma assistente social e uma delegada que tentavam lhe convencer a dizer quem foram as pessoas que fizeram aquilo, para que ela ajudasse a evitar que o mesmo não viesse a ocorrer com outras garotas, que elas suspeitavam quem fosse, mas elas precisavam de uma queixa formal, mas Alice relutava em falar.

Até que em um dia, Alice estava entediada e prestes a receber alta, para terminar sua recuperação em casa, ela adormeceu no meio da tarde e teve um sonho.

Sonhou que estava no alto da caixa d´água da escola e que estava vendo tudo dela do alto, os sobrados, os prédios, a favela que brotou novamente após a construção e a venda dos apartamentos do conjunto habitacional municipal, e que ali sentada, vinha um pardal vermelho lhe dizer:

-A vida é feita pra ser vivida.

Alice acordou mais tranqüila e um pouco mais ruborizada, estava super depressiva mais achava que indo pra casa, as coisas iam melhorar, e ficou pensando sobre este sonho, e principalmente sobre a frase que o pardal vermelho lhe dissera: - A vida é feita pra ser vivida...

(…)

-Pula Alice.

-Pula. Vem voar com agente.

-Calem - se todos, gente não avoa, gente tem que ficar com os pés no chão.

-Quem é você? Eu já vi você em um sonho meu.

-Sou eu quem lhe pergunto, quem é você?

-Eu sou a Alice.

-Alice, a menina que voltou do pais das maravilhas.

-Cala a boca, você não sabe do que esta falando!!!

-Sei sim, eu estava lá! E eu te disse: - a vida é feita pra ser vivida.

-Quando?

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Neste instante, como que por mágica, a fome passou e uma nuvem cobriu o sol pra fazer sombra, sua tontura passou, mas seu estomago doía e seu ego ferido ainda lhe inflamavam, mas sabia que não erá a coisa certa a se fazer. Então ela desceu da caixa d´água e rumou para sua casa para almoçar, afinal ela só estava 15 minutos atrasada para o almoço e já fazia uns 20 dias que não sabia como era a comida da mãe, e um abraço de sua amiga, que a partir de agora passou a compreender que aquela garota sim, que lhe perguntou se estava bem na hora do intervalo, que lhe telefonou pra saber como estava e que foi no hospital lhe fazer visitas, ela sim era sua amiga.

(...)

No mesmo hospital,o Hospital e maternidade São Miguel, onde ficou internada por conta do ocorrido a alguns meses atrás, porém agora em outra ala, estava lá Alice, com sua filha nos braços, chorando pelo primeiro contato com o mundo, ao seu lado estavam sua mãe e sua amiga, a sim,a amiga, o nome da amiga é Estela, o nome que Alice colocou na filha em homenagem a amiga.

O mais interessante é o nome inteiro da pequena Estela. O nome de Alice que vai na garota será o Silva, pois Alice se chama Alice Silva.O do pai entrou também, pelo que eu me lembro, acho que ficou Estela Silva Pazsaro Vermelho.