E as crianças Senhor!
E as crianças Senhor Porque lhes dais tanta dor
Porque padecem assim!
(São palavras de um grande poeta português.)
Natal! A festa da familia está próxima.
Ao frio, ao calor, em qualquer parte do mundo, esta é, e será sempre a festa da familia.
Novos e velhos, ricos e pobres, na cabana mais humilde,no palácio mais luxuoso,o Natal é o sublime momento do reencontro da familia.O momento por-que se espera um ano inteiro.
Por uma noite se esquecem os maus momentos vividos,as canseiras os trabalhos,a luta insana travada ao longo do ano pelo simples desejo de
chegar a este esperado dia.
Nas familias onde o fausto e o luxo campeiam,nas mesas soberbamente enfeitas,quantas vezes as mais requintadas iguarias,têm o gosto amargo de não alcançados desejos.
Naquela casa velhinha,paredes esburacadas,ao redor da velha mesa
á luz bruxuleante da candeia,avós, filhos e netos,saboreiam com prazer e alegria a comida abençoada por Deus.
O delicioso manjar dos pobres têm para eles o sabor do maior banquete.Os mais velhos contam histórias de suas vidas,as crianças de olhos extasiados escutam em silêncio histórias que um dia irão contar também.
Não têm uma arvore de Natal de fantasia,carregada de luxuosos presentes.
A sua arvore de Natal é um pinheiro verdejante cheio de vida,os presentes nela postos são o desejo de um bom Natal pedindo apenas saúde.
Quantas histórias por contar.Quantas lágrimas escondidas,quanto sofrimento abafado em soluços dentro daquele peito mirrado.
Olhando para os netos adormecidos,o pobre velho, deixou escorregar algumas lágrimas por aquele rosto envelhecido,ao som do vento que soprava, adormeceu docemente.