HISTÓRIAS DA AMIZADE


O LEÃO E O HOMEM MORTO

João e José passeavam por uma floresta. De repente, à frente deles surge um enorme leão, raivoso e faminto. Abre a enorme bocarra e solta um urro ameaçador. José, num impulso, sai correndo e sobe na primeira árvore que encontra. João, temendo que o leão fosse mais rápido que ele, deita-se no chão e se finge de morto. O leão aproxima-se de João e cheira o seu corpo dos pés à cabeça. Ao ver que ele não se mexe nem respira, conclui que o rapaz está morto. Por fim, dá um pequeno ronco ao ouvido de João e vai embora. (Um leão que se preza não ataca uma presa morta).
José espera o leão desaparecer na mata e desce da árvore.
― Tenho a impressão que o leão falou alguma para você. O que foi que ele disse ao seu ouvido? ― perguntou José.
― Ele me disse para não confiar em amigos que nos abandonam no momento do perigo ― respondeu João.

A CARTEIRA RECHEADA

João e José iam junto por uma estrada. De repente, João avista uma carteira. Imediatamente corre e pega-a. Abre e vê que ela está cheia de dinheiro.
―Que belo achado nós fizemos ― diz José. – Estamos cheios da grana.
―Fizemos não ― diz João. ― Eu fiz. Eu estou cheio da grana.
E lá se foram os dois pela estrada, brigando. Enquanto estavam discutindo sobre a divisão do dinheiro, que João não aceitava de maneira alguma, surge um sujeito dizendo-se dono da carteira. João não aceita devolvê-la de modo algum. O sujeito, que já é grande e forte, chama mais três amigos parrudos como ele, e diz a João que vão arrebentá-lo todo se a carteira não for devolvida.
― Estamos perdidos ― diz João para José. ― Que vamos fazer?
―Você está perdido ― responde José. ― Você é que sabe o que deve fazer.

ALEXANDRE, O GRANDE.

Alexandre, o Grande, rei da Macedônia, além de competente general, era também uma pessoa de grande preparo intelectual. Foi educado pelos melhores professores da época e teve como mentor nada menos que o famoso filósofo Aristóteles.
Mantinha em sua corte as mentes mais brilhantes de seu tempo. Certa vez ele contratou um famoso filósofo para instruí-lo em um determinado assunto que muito o interessava. Depois de alguns meses estudando com o sábio, Alexandre finalmente despediu-o. Ferido em sua autoestima, o filósofo foi procurá-lo e perguntou a razão da sua dispensa. Alexandre respondeu:
“Como homem, cometo erros, como filósofo tu não me corriges; ou tu entendes os meus erros, ou não os entende. Se não entendes os meus erros, não és filósofo; se entende e não os corrige, não és meu amigo; Por isso, nada podes me ensinar.”
João Anatalino
Enviado por João Anatalino em 27/01/2011
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