LEMBRANÇAS DO PASSADO - Capítulo XXI

CARO(A) LEITOR(A) ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS. PARA ENTENDER A HISTÓRIA, SUGIRO LER OS VINTE CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

Passei a dedicar a papai deixando mais os meus filhos e meu marido, mas Carlos Alberto nunca reclamou, fazia era me ajudar e dar força moral a papai.

* * *

Já estávamos em 1960, Roberto com 10 anos, Ana Catarina com 9, Juliano com 7 e Antônio Carlos com 5 anos.

Com a mudança da capital para o centro do país, fomos obrigados a nos mudar, pois Carlos Alberto havia sido transferido.

A mudança fez bem a todos nós. A construção da nova cidade era motivo de muita novidade, tanto para as crianças, quanto para mim, Carlos Alberto e até papai que começou a mudar de comportamento para melhor.

Nós estávamos bem animados com papai, pois já conversava outros assuntos, brincava com as crianças e até fazia planos.

Ele e Carlos Alberto resolveram comprar uma fazenda perto de Brasília.

Para as crianças não havia coisa melhor. Aos fins de semana íamos para a fazenda e brincavam desde a hora da chegada até a hora da saída.

Papai foi tomando gosto, foi ampliando os negócios. Tinha criação de bois, porcos, galinhas, carneiros. Fornecia carne e leite para Brasília.

Em pouco tempo estávamos muito bem financeiramente.

* * *

Em 1965, nossa vida mudou. Carlos Alberto havia há muitos anos deixado a Câmara dos Deputados e se dedicado somente à fazenda.

Havíamos chegado de uma viagem à Europa, fora a lua-de-mel que não tivemos.

Foi tudo maravilhoso, parecia que Carlos Alberto havia me conhecido naqueles dias, parecíamos dois adolescentes apaixonados. Conhecemos as maiores capitais eurpéias.

Aquilo tudo para mim parecia um sonho. Um sonho que jamais pensei em acabar. Acabar da forma que acabou.

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 30/10/2006
Código do texto: T277628