O PELADÃO

RIO DE JANEIRO, 40ºC, 1:30pm E CESAR ESTAVA DEITADO EM SUA CAMA, NÚ EM PELO, DO JEITO QUE VEIO AO MUNDO, COM A TV E O AR CONDICIONADO LIGADOS ATÉ QUE: PIFOU O APARELHO DE AR .

NÃO PENSOU DUAS VEZES, LEVANDO-SE PENSANDO QUE FICARIA SOZINHO O RESTO DA TARDE, DESCEU A ESCADA DE SEU QUARTO, LIGOU A TV E O AR DA SALA E DEITOU-SE NO SOFÁ, SEM NEM VESTIR UMA BERMUDA, O PORTÃO DE SUA CASA ERA BARULHENTO E AO MENOR RUIDO ELE VOLTARIA PARA O QUARTO.

NÃO FOI BEM DA MANEIRA COMO CESAR HAVIA IMAGINADO, QUANDO ELE PERCEBEU UM FALATÓRIO A PORTA DA SALA JÁ ESTAVA SE ABRINDO E O PELADÃO SÓ TEVE TEMPO DE PULAR PARA TRAZ DO SOFÁ.

___NOSSA! QUE MARAVILHA, A SALA ESTÁ FRESQUINHA, PODEM SE SENTAR VOU VERIFICAR SE CESAR ESTÁ DORMINDO. ERA SUA ESPOSA (MARA) ACONPANHADA DE SUA SOGRA E CUNHADA.

___DORMINDO ESTA HORA, SERÁ QUE ELE NÃO TEM VERGONHA. DISSE A VELHA RABUJENTA, (MANEIRA COMO CESAR SE REFERIA A SOGRA).

JUDITHE É UMA DAS PIORES SOGRAS JÁ VISTA NO PLANETA, FALAVA MAL DE TUDO E DE TODOS, E CESAR ERA SUA MAIOR VÍTIMA.

___PARA COM ISTO MÃE ,CESAR É UM EXCELENTE MARIDO E SE ESTÁ DORMINDO É PORQUE TRABALHOU A MADRUGADA TODA E FOI PARA A ESCOLA NO PERÍODO DA MANHÃ. DISSE THEREZA CUNHADA DE CESAR.

___ ESTRANHO... ELE DEIXOU TUDO LIGADO E SAIU? DEVE ESTAR POR PERTO! DISSE MARA ENQUANTO DESCIA A ESCADA E SENTOU-SE.

FOI POUCO PARA JUDITHE COMEÇAR A FALAR MAL DO COITADO, FALOU DOS POLÍTICOS, DO TRÂNSITO, DO SOL, DA CHUVA, FICOU UM BOM TEMPO FALANDO MER@%&A, E O POBRE DO PELADÃO NÃO ESTAVA MAIS AGUENTANDO TODA AQUELA LADAINHA, MAL PODIA SE MEXER ENTRE O SOFÁ E A PAREDE, ATÉ QUE MARA RESOLVEU FAZER UM SUCO, CESAR ABRIU UM SORRISO E PENSOU QUE IRIA PODER SUBIR A ESCADA, SÓ QUE A VELHA RESOLVEU FICAR VENDO A NOVELA DA TARDE, MARA E THEREZA FORAM PARA A COZINHA.

PASSARAM ALGUNS MINUTOS, A VELHA COMEÇOU A COCHILAR E POR FIM, SEM QUERER, SOLTOU AQUELA VENTANIA DE GASES, UM CHEIRO INSUPORTÁVEL TOMOU CONTA DA SALA, FOI AÍ QUE CESAR SE LEVANTOU E SUBIU A ESCADA COM O BUNDÃO DE FORA DIZENDO:

___OUVIR MER@%&A AINDA VAI, AGORA, SENTIR O CHEIRO NINGUEM MERECE.

O Velhão
Enviado por O Velhão em 17/02/2011
Reeditado em 18/02/2011
Código do texto: T2797705
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