A professora

A tradicional escola de Formação em ciências biológicas nunca sofreu um abalo tão grande quanto esse que vou relatar.........O diretor da escola o Dr. Anacleto Soares era noivo de uma bela professora de Biologia chamada Mary Anne ele tinha por ela um sentimento de posse tão grande que não permitia nem mesmo que seu irmão o também professor Bill se aproximasse da cunhada,mas apesar da exagerada proteção ele não podia controlar os olhares devoradores dos alunos que apesar de terem um medo terrível do diretor sempre davam um jeito de elogiar ou chegar perto da tão querida professora.........Eles costumavam chamá-la de Jenn Anne por ela se parecer demais com a famosa Bióloga,e escritora de livros técnicos........No entanto Mary não se deixava levar pelos adocicados elogios dos alunos e sempre dizia “Vocês tem que amar a Biologia e não a professora queridos”O problema é que seria muito difícil não se apaixonar pelas curvas perfeitas da professora,além do mais ela dava aulas para adolescentes............Todos cheios de amor para dar...........Os meninos ficavam babando quando ela chegava trazendo nas mãos uma pasta de couro,com um jeitinho meio desarrumado os cabelos castanhos aloirados presos na altura do pescoço e os óculos de aros escuros sempre sustentados pelo começo do nariz deixando meio a mostra os olhos castanhos as roupas que de alguma forma lhe aproximavam de uma secretária de escritório de advocacia por serem sempre sérias,lhe davam um ar mais sensual o que deixava as meninas mortas de inveja e os meninos loucos de amor,sua aula era sempre animada e descontraída principalmente quando ela tratava dos assuntos prediletos dos alunos,no entanto a alegria e beleza da professora Mary era passageira o seu lindo rosto moreno se transformava quando ela ouvia os passos firmes do seu noivo no corredor,ela se alinhava completamente prendia os cabelos corretamente endireitava os óculos fechava os botões da blusa e transfigurava o sorriso transformando-se em uma verdadeira dama da corte imperial sem máculas ou defeitos aparentes,o diretor Anacleto entrava na sala com o seu rosto carrancudo e observa se algum engraçadinho ousava olhar diferente para a sua jóia,ele a cumprimentava com um balançar de cabeça e depois saia,era um alívio ela voltava a ser linda e graciosa novamente..............Eu costumava ficar indignado com o jeito Anacletiano de tratar as mulheres eu o achava um homem terrível e sempre que podia tentava consolar a Mary de alguma forma,eu sentia que ela morria de medo dele e só estava com ele ainda porque precisava do emprego para manter seu filho que tinha mais ou menos a minha idade só era 2 anos mais velho no colégio na França onde ele estudava............Eu era um rapazinho de 15 anos e ela uma mulher de 40 anos com um rostinho de 20 ela tinha o ar maduro e despreocupado que me atraia nas mulheres mais velhas,além dó mais tinha experiência de sobra prática e teórica em todos os sentidos...........As vezes eu tinha uma vontade imensa de tela comigo em meus braços para poder dizer-lhe que nunca mais ela ia ser capacho de um homem horrível como o Diretor Anacleto mas eu sabia que isso nunca aconteceria(Conselho em hipótese alguma diga a palavra “Nunca” Tudo pode acontecer meus caros” )E foi o que ocorreu comigo,em um dia comum de aulas eu estava no laboratório fazendo algumas pesquisas,quando de repente sinto um perfume que para mim era extremamente conhecido,era ela que estava chegando..........Senti meu corpo tremer,mas mantive a compostura.......Mas antes que eu pudesse comemorar ouvi também os passos metódicos e firmes do diretor Anacleto,eles adentraram a sala como dois furacões em plena atividade nem perceberam a minha presença ela tinha os olhos vermelhos pude perceber logo que ela entrou que estava chorando ele estava transtornado as vozes alteradas fizeram até os tubos de ensaio tremer fiquei tão atônito que nem entendi direito o que falavam apenas ouvi algumas poucas palavras como “Você sabia,não sabia?” “Você me enganou sua vadia”Daí em diante não escutei mais nada só vi quando a mão firme do diretor pego-a pelo braço covardemente e apertou-lhe com força o pulso ela gemeu de dor mas ele não se comoveu........Fique desesperado mas nada podia fazer estava desarmado e era apenas um,ele continuou a cessão tortura depois de deixar-lhe quase sem sangue nas mãos de tanto que apertou seus pulsos,bateu em seu rosto com tanta força que o sangue escorreu do canto da boca machucada.............Nesse momento senti uma lágrima escorrer quente dos meus olhos........Ele então a largou com força sobre a cadeira e ainda lhe bateu no rosto algumas vezes deixando-a quase desacordada ele saio murmurando como um louco,eu que a essa altura estava pálido sai correndo para a direção do corpo quase inerte da Mary que estava na cadeira toquei-lhe a face de onde escorria muito sangue ela reagiu assustada ao toque da minha mão como um bichinho acuado............Eu não podia tira-la dali eu não tinha forças suficientes para carregá-la ela estava muito machucada para conseguir andar...................Eu também não podia gritar por socorro porque todos iriam querer saber o que houve e eu não teria palavras para explicar,foi então que resolvi reunir todas as forças que eu tinha para tentar remove-la dali pedi a sua ajuda ela levantou devagar e se apoiou em meu ombro saímos do laboratório e andamos até a enfermaria que por azar ficava no fim do corredor superior era muito longe,por sorte encontramos no caminho o professor Bill que ficou preocupado e quis saber o que aconteceu eu disse que foi um acidente e que eu não sabia exatamente ele a carregou nos braços(Deus como eu queria ter metade dos músculos dele só para poder carregá-la)Ela acabou desmaiando antes de chegar a enfermaria,Bill ficou desesperado e eu que estava trêmulo quase desmaiei também a enfermeira disse que era melhor levá-la para um hospital,para ter certeza de que ela não tinha sofrido nenhum tipo de trauma craniano Bill ligou para o irmão que logo subiu com a mesma cara carrancuda de sempre como se nada tivesse acontecido,ainda disse que não era necessário levá-la para hospital algum e que aquilo era só frescura,e que ele avisou para ela tomar cuidado com as escadas anexas do colégio.........Deus se ódio era ter vontade de matar alguém então eu tive ódio daquele homem,tive vontade de ter uma arma nas mãos..........Mas infelizmente o porte de arma é proibido para menores.......Bill ignorou o irmão e carregou a cunhada ainda desacordada nos braços......Implorei para acompanhá-lo mas o diretor fez o grande favor de me lembrar que eu não podia sair do colégio em horário de aula.........Voltei para o laboratório com o coração acelerado de pavor e ódio,recolhi minhas coisas e fui para a sala de aula.............Uma semana se passou e a professora retornou ao colégio trazendo um curativo na testa e alguns hematomas muito leves no pulso direito quando perguntada sobre o que ocorreu Mary apenas dizia que havia sofrido um pequeno acidente,eu sentia uma pena tão grande,mas nada podia fazer.....................Era uma escolha dela........Eu não podia impedir que ele a violentasse outra vez.................E assim passou o tempo,hoje sou biólogo formado pela a Universidade de Ciências Biológicas das Américas,tenho um filho de 2 anos e sou casado com uma bióloga a três anos................Nunca me esqueci da professora Mary...............Sei que ela se casou com o Bill o tal cunhado por sorte ou azar o Diretor Anacleto morreu o filho dela se formou Médico e ela teve outro filho que hoje deve ter 7 anos ou 9 não sei bem........Depois daquele fatídico dia,ela finalmente descobriu o verdadeiro homem da sua vida que não era eu mas era alguém que a fez muito feliz................................

Fim

Carolina A.da Silva

20/03/2011 22:45

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 24/03/2011
Código do texto: T2868199
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