SÓ DEUS SABE, SE MEREÇO! - Capítulo VIII

CARO(A) LEITOR(A), ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS. PARA ENTENDER MELHOR A HISTÓRIA, SUGIRO A LEITURA DOS SETE CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

Eu não sei como Edilson me abandonou... Ele falava sempre no seu amor louco por mim, mas foi enquanto não havia acontecido nada, porque o dia que aconteceu, ele tratou de sair fora à responsabilidade. Não sei como aconteceu, quando dei conta do que estava acontecendo foi tarde. Que fique bem claro: Fico a pensar como aconteceu, mas não me arrependo nem um instante porque Elizabeth é uma criatura excepcional, eu a admiro muito e se me arrependesse estaria a despresando. Jamais seria capaz de tratá-la diferente dos outros filhos pelo fato dela não ter pai, pelo contrário, ela tem talvez o meu amor em maior quantidade. Até hoje, ela já está com vinte anos e ainda a pego no colo e a dou todo o meu carinho.

O meu namoro com Edilson durou dois anos. Dois anos de muito amor, de muita paixão. Ele foi promovido na fábrica, mas sempre me dizia que era porque era namorado da sobrinha do patrão e não por seus méritos. Não era verdade, nunca fiz nada para que isso acontecesse, pois acho que as pessoas não devem subir de cargo se não merecer. Ele era, era não, é muito inteligente.

Nosso namoro era muito divertido, saíamos muito, íamos a festas, era muito bom.

Eu tinha uma amiga com quem compartilhava tudo, o de bom e de ruim. Apesar de ser muito bom o nosso namoro, sabia que iria se acabar e sempre comentava com Angélica.

- Sabe, Angélica, sei que eu e Edilson vamos nos separar.

- Você está louca, Helen? Ele te ama e você é alucinada por ele.

- Tudo que você falou da minha parte, é verdade, mas se ele me ama eu tenho minhas dúvidas. Ele é muito preconceituoso, tem esse preconceito louco, de pobre, de rico, de preto, de não sei mais o quê.

- Não, eu acho que ele te ama e não vai te deixar por causa de uma bobagem.

- É... Tenho minhas dúvidas...

Angélica vivia tentando me convencer do contrário, mas não me enganava, estava sempre esperando o pior.

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 20/11/2006
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