SÓ DEUS SABE, SE MEREÇO! - Capítulo XIII

CARO(A) LEITOR(A), ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS. PARA ENTENDER A HISTÓRIA, SUGIRO A LEITURA DOS DOZE CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

Depois que tudo voltou ao normal, Carlos conversou muito comigo e com o jeito especial de dizer as coisas que só ele sabe, disse-me que não poderia trabalhar pelo menos por enquanto. O acidente atingiu meu cérebro e eu não poderia forçá-lo, pelo menos por enquanto, mas agora não sinto mais nada, mas Carlos não me deixa trabalhar. Ele me disse que fiquei inconsciente trinta e três dias.

Hoje está fazendo um ano e dois meses, hoje é treze de julho de 1988. Graças ao meu bom Deus não sinto mais nada, estou completamente normal.

Só tenho a agradecer. A Deus, meus parentes e amigos que não me deixaram nesse período muito difícil de minha vida.

Levo minha vidinha normalmente. Tudo que acontesse tem seus pontos negativos e seus pontos positivos. Não posso trabalhar, mas dedico os meus dias ao meu marido e meus filhos que tanto amo!

* * *

Ah! Vou falar, aliás, falar não, escrever sobre Carlos, me deu vontade de escrever sobre ele. Quando cheguei aqui, ele foi meu primeiro amigo, ajudou-me a comprar uma casa, a me instalar. Ele me ajudou muito, uma coisa me dizia que nós ainda iríamos nos dar muito bem. Não deu outra coisa, da amizade passou para um namoro não muito sério. Ele era professor e ganhava muito mal. Ajudei-o a montar um comércio próprio. Ele começou com uma casa de materiais de construção. Não deu muito certo, então ele mudou para produtos de fazenda, adubo, ração, ferramentas e outras coisas úteis para fazendas. Foi a sua mina. Dentro de pouco tempo tinha três lojas e hoje está muito bem. Tem loja até em Goiânia e a sua intensão é ampliar mais ainda.

Sempre digo que subiu na vida não por minha ajuda que foi muito pouca, mas sim por sua inteligência e honestidade. Sujeito honesto tá aí, viu?

O meu amor por Carlos foi um amor sadio, consciente, estável, é uma paixão duradoura, para o resto da vida. Não sei dar um passo sem a sua ajuda, desde quando cheguei aqui. Graças a Deus nos damos muito bem, sua família e eu. Ele é o terceiro filho de seis irmãos, é muito bom para a família e ajuda a todos, porque nem todos tiveram a sorte dele de se dar bem nos negócios. Nas lojas dele só trabalham irmãs, sobrinhas, primos, primas e irmãos. Geralmente trabalhar com família não dá certo, mas quem não der certo com Carlos não dará certo com mais ninguém, porque ele é excepcional!

Papai quer que eu vá passar uns tempos com ele lá no Rio, mas não tenho coragem de deixar Carlos e os meninos.

Ai! Estou sentindo mal... Vou deitar um pouquinho...

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 23/11/2006
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