A ratoeira e o pardal.

Certo eu de que um pequeno roedor rondava os limites do meu quintal, eis que me dispus da arma mais letal que conheço: a ratoeira.

Estratégicamenta colocada e "municiada" de um pequeno pedaço de miolo de pão, nada mais me restava a fazer senão esperar ouvir o "plact" do desarmar da ratoeira me mostrando quem sabe o corpo do pequeno roedor.

A noite volto para casa após o trabalho. Abro o portão e sou recebido por Buran ,meu cão ( in memorian) querendo me mostrar algo e entro com ele dentro de casa pela porta da cozinha. Luz apagada, de relance olho para a ratoeira e vejo um vulto de um corpo. Imaginei que finalmente havia pego o " mequetrefe". Acendi a luz e para meu espanto ao invés de um rato esmagado pelo pescoço, havia um pardal.

Ás vezes nós temos planos em nossas vidas decorrentes das nossas necessidades mais primárias ou não. Julgamos sempre ter as melhores opções para poder empreendê-las com sucesso, mas pecamos em algum ponto quando não pensamos no que pode dar de errado.

Nossos planos sempre são os melhores. Sempre nos levam ao mais alto grau de satisfação, mas infelizmente muitos não entendem as suas intenções e caem numa cilada involuntária como caiu o pardal. A ratoeirra era para um rato e não para ele.

Nem sempre avisamos nada a ninguém por uma conveniência ou mesmo por estratégia. A nossa intenção é íntima demais para compartilhar de forma pueril. Os"placts" da vida nem sempre são os melhores som do seu sucesso. Podem sim ser dos seus pasmos espantos ,decepções ou até mesmo quem sabe de um fracasso.

Geraldo Lys
Enviado por Geraldo Lys em 22/06/2011
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