O Empresário.

Um empresário de grande porte com vários dígitos em sua conta começa a viver um drama. Entra em crise sua vida profissional e, com isso, a amorosa começa a se enrolar também.

Vai fechando as portas, o dinheiro acabando e seu casamento todas as vezes se desgastando. Não tinha mais como conviver em sua casa. Então, se separa da mulher. Sobra o pouco dinheiro e chega a hora de pensar em fechar as portas de sua empresa. Pede para seu administrador acertar com todos os funcionário, pegar a sua parte e o que sobrar dar para ele. O administrador segue as ordens e dá o que sobra para o empresário: apenas sento e oitenta mil reais. Para o empresário, até então milionário, aquela quantia representava o que fosse vinte reais. Poderia ser uma hipocrisia de sua parte, mas, para ele, aquilo era o sinal de que sua vida se acabou. Era o sinal da morte.

Sai, então, à rua, desmotivado, com as adversidades da vida e coloca a quantia numa sacola. Decide se jogar num rio, porque, ali, sabia que ninguém iria o encontrar e deixaria a quantia do lado. Até que, quando ele vê o rio, tenta tomar um impulso, mas sente algo o puxar e não pula. Ele deixa a quantia jogada perto do rio e sai para viver numa vida sem rumo, como mendigo.

Naquele lugar onde deixou o dinheiro numa sacola, passa um homem sofrido, triste também com as provas da vida. Ele sente algo por aquele lugar e ouve uma voz mandando-o parar lá, mas ele acha que é algo de sua cabeça e ameaça ir embora, mas a voz fica tão forte que o envolve e ele volta para trás e vê aquele saco ao lado de um montante de sujeira e pensa: “O que é isso, Deus? Depois de tantas provas, Você quer que eu mexa no lixo?” Mas, obediente, vai lá e mexe, fuça no lixo. Abre a sacola e vê aquela quantia. Fica eufórico, sem saber o que pensar. Vai, então, para sua casa, mas Deus fala para ele usar apenas a metade daquela quantia, guardar a outra e não falar para ninguém. De fato, ele guarda metade e a outra usa para as suas necessidades.

Passam-se alguns anos e a outra parte da quantia ainda estava guardada. Em um dia chuvoso, bate em sua porta um mendigo pedindo algo para matar a fome que ronda seu estômago vazio. Ele vai para dentro de sua casa para pegar algo, até que Deus fala para ele: “Chama essa pessoa para jantar contigo.” E ele pensa: “Só posso estar louco. Vou chamar um mendigo para jantar na minha casa se, nem ao menos, sei quem ele é.” Mas a voz fica mais forte e com represaria. Então, segue-a e faz o convite ao mendigo.

O mendigo, meio acanhado, entra na casa e janta com aquele homem e sua família. Todos se sentem acanhados naquele momento, sem muito assunto para conversar. Acaba o jantar e o homem vai para pedir ao mendigo para que ele se retire de sua casa, mas a voz vem de novo e diz para ele dar a cama dos fundos para que o homem dormir. Ele não pode retroceder a voz e ouve. Dá a cama dos fundos para o mendigo. Sua família fica inteira com medo achando que ele estivesse louco e dormem todos trancados.

Ao amanhecer, o homem vai lá e chama o mendigo, já de pé, para tomaram café da manhã juntos. De fato, o fazem. Quando o mendigo estava pronto para ir embora e estava prestes a pôr o pé na rua, o homem ouve a voz de novo, que o fala: “Pega aquela quantia que te mandei guardar e dá para este mendigo.” E, o homem dá para ele. Na hora, o mendigo não agüenta, se comove e diz: “Acredita que, uns anos atrás, eu era o um homem muito rico e perdi tudo? Fiquei apenas com sento e oitenta mil reais, mas não dei valor. Decidi colocar numa sacola e me jogar de uma ponte, mas, não consegui me matar e deixei aquele dinheiro, que eu tratava como migalha, de lado.”

Renato F Marques
Enviado por Renato F Marques em 29/06/2011
Código do texto: T3065547
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