"JOGO DE FUTEBOL NO CASTANHAL"
Autor: José Gomes Paes
16/08/2011
Nas minhas férias dos estudos, o pensamento primeiro era viajar para Urucará, isso acontecia todos os anos, sonhava em rever os amigos, a família, pescar, caçar, jogar bola, pular na água, etc;, ficava contando os dias para poder viajar.
Na cidade havia um time de futebol do meu primo que se chamava União Esportiva Católica de Urucará (UECU) e numa dessas minhas férias o Luiz resolveu me escalar para o jogo contra o Fluminense do Castanhal, uma vila que fica distante da cidade uns 9Km.
O único meio de transporte para se chegar à vila, um caminhão velho dos Padres que o volante era do lado direito, que receberam da Itália como doação, se não me falha a memória. O jogo seria pelo Campeonato de Futebol do Município.
O Luiz resolveu me escalar de centro avante, visto que o titular tinha viajado e o reserva estava contundido. Aceite de imediato estava de férias pronto para jogar.
O jogo começou e por volta de 40min do 1º tempo, fui lançado de enfiada para fazer o gol, saí em disparada e pisei num buraco, torcendo o tornozelo, chegando a fazer truck.
Saí no final do 1º tempo, não agüentava mais, mancando e com o tornozelo super inchado, parei. Não tinha gelo, não tinha médico, nem massagista. Peguei um pedaço de pau e improvisei como bengala, só assim conseguia andar. Que férias hein!
Para acabar de completar o motorista do caminhão inventou um “prego” na máquina. Terminado o jogo, o pessoal pegou a estrada de pés e eu fui ficando para trás, tive que andar 9km de bengala e mancando até a cidade.
Todos em casa estavam preocupados, a estrada clara devido a luminosidade da lua, havia uma baixada que de vez em quando, aparecia onça, inclusive tinha matado a pouco tempo algumas ovelhas dos criadores, mas graças ao meu bom Deus correu tudo bem, cheguei em casa por volta das 23:00 hs.
Bem, aqui terminou as minhas férias, passei 1 ano sem poder jogar bola, mas depois voltei a jogar e fazer meus golzinhos, coisa que nunca deixei de fazer.
Totalizando devo ter feito mais de 600 gols em minha carreira, taí o Joaquim e o Valdo que não me deixam mentir, eles são testemunhas do que estou dizendo.
Estes foram momentos que passei na minha vida que vale a pena lembrar.
FIM