ATO FALHO...

ATO FALHO...

(Theo Padilha)

Era uma pequena cidade, mas de muitas histórias. Até verdadeiras. Meio distorcidas porque os anais do tempo não nos permitem elucidá-las nos seus detalhes. Esta história é meio pitoresca e estava quase esquecida, não fossem as elucubrações cerebrinas do autor.

Gélio, como aqui chamaremos, para evitar que curiosos molestem nosso amigo, era um senhor muito bem casado. Muito religioso. Trabalhador. Pessoa de grande respeito. Brincalhão. Dançarino. Cheio de amigos.

Um dia outro senhor, com as mesmas virtudes do primeiro, só que bem mais velho do que o nosso amigo. Pessoa de uma tradicional família da cidade. Que possuía arma, mas que nunca a havia usado. E não costumava carregá-la nos seus passeios. Agora não precisava mais daquilo, como tinha que usar quando morava no sítio, para matar uma cobra venenosa ou garantir sua segurança no mato.

Gélio tinha carro, mas nesse dia saiu a pé. Era uma manhã muito bonita. Ele saiu de casa foi dar uma voltinha, ver as lojas, conversar com os amigos. E quando voltava para a sua residência, ocorreu um fato inesperado. Quando cruzou a esquina da farmácia, numa rua central de nossa pequena cidade.

− Bom dia, seu Zé! – disse para o senhor que vinha ao seu encontro. Mas não percebeu que o homem estava “tomado” pela “coisa ruim”.

− Olha o teu bom-dia aqui seu palhaço! – José, arrancou do revólver trinta e oito e disparou seis tiros no coitado do rapaz. Depois disso Gélio caiu e o homem foi se entregar à polícia, que ficava perto do lugar. Socorrido na hora Gélio escapou da morte e, graças a Deus, está muito bem vivo até hoje. Perdoou o seu oponente, pois este não estava bem de suas forças mentais. Tem dia que a bruxa anda solta. E Gélio era um rapaz que rezava todo dia ao sair de casa.

Os covardes morrem várias vezes antes da sua morte, mas o homem corajoso experimenta a morte apenas uma vez.William Shakespeare

Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia. William Shakespeare

Joaquim Távora, 12 de setembro de 2011. Copyright by Theo Padilha©.

Theo Padilha
Enviado por Theo Padilha em 12/09/2011
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