FESTA DE FAMÍLIA

A família já estava toda reunida aguardando ansiosamente o início das imagens gravadas da festa de quinze anos da Andréa, a caçula da família. Todos os familiares que estiveram na festa, estavam ali presentes na ampla sala do Sr. Cláudio, o pai coruja. Dona Mônica, a mãe, estava radiante, pois em sua opinião aquela festa havia superado todas as anteriores, fato esse devido à presença de todos os membros da família e de todos os demais convidados.

Sr. Cláudio introduziu delicadamente o cd no aparelho e se aconchegou perto da esposa. As primeiras imagens já provocaram risos, tudo porque o Tio Maurício que sempre foi o palhaço das festas fez sua introdução com uma piada engraçadíssima. O cinegrafista era o primo Murilo que apesar de tímido estava sempre atento a momentos constrangedores. Mas o que realmente chamava a atenção de Murilo, eram as guloseimas, não por a caso com apenas 16 anos seu peso já ultrapassava 120 Kg. De repente surgiu na tela tia Dolores com uma enorme bandeja de carne louca e repentinamente a câmera que se movimentava freneticamente, passou a ficar imóvel focando apenas as costas do Sr.Cláudio e de seu irmão Celso e captando a voz de Murilo que cada vez se distanciava mais, implorando por mais um sanduíche de carne louca. Em seguida, foi ficando nítido o diálogo dos irmãos:

— Celsão, levei o Guilherme num puteiro esses dias que vou te falar.

— É mesmo?

— Porra, esse moleque nem parece que é meu filho, mole pra cacete!

— Mas e aí, como foi?

— Eu peguei um quarto e ele outro, mas a puta que eu peguei era infinitamente melhor que a dele, mas pra ele que era cabaço estava bom.

— Por que vocês não pegaram o mesmo quarto?

— Pois é, até pensei nisso depois, aí minha curiosidade foi se aguçando e eu destrepei da puta e fui ver como ele estava se saindo.

E Celso pra lá de curioso pergunta:

— E aí, fala logo como foi.

— Celso, o moleque é feio trepando. Estava em cima da puta quase a esmagando e ainda por cima estava com aquele bundão branco pra cima e pra baixo.

E Celso aos prantos de tanto rir não se agüentava.

Enquanto isso, na amistosa sala de Sr. Cláudio, Deus nos acuda. Uns segurando Dona Mônica daqui e outros acudindo Sr. Cláudio dali.

Que arremesso de jarra foi aquele!

Sérgio A Silva
Enviado por Sérgio A Silva em 08/11/2011
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