NUNCA É TARDE! - Capítulo VI

CARO(A) LEITOR(A), ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS. PARA ENTENDER A HISTÓRIA, SUGIRO A LEITURA DOS CINCO CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

Mamãe um dia resolveu que era bom que eu fosse para a casa da tia Hermínia, no Rio Grande do Sul.

Foi aí que começou a minha infelicidade, apesar de não me sentir uma pessoa feliz.

Parei de estudar, nada para mim tinha valor.

Tia Hermínia, que Deus a tenha, era uma moça velha, rica e insuportável. Tudo que eu fazia servia para ela resmungar.

- O que você está fazendo? - perguntava-me o dia todo, tinha de lhe explicar tudo.

Eu não agüentava mais a tia ranzinza. Escrevi para mamãe depois de três meses naquele "convento". Disse à mamãe que se ela não mandasse dinheiro para que eu voltasse eu iria fugir.

Mamãe mandou-me outra carta dizendo que não iria mandar dinheiro e se eu fugisse seria pior para mim.

Quando recebi a desafourada carta de mamãe, não pensei duas vezes, peguei minha roupa e fugi.

Fui para a rodoviária. Pedi dinheiro e peguei um ônibus para Florianópolis.

Chegando em Florianópolis pedi emprego em uma casa de família, de babá.

- Por favor, senhora, me aceita pelo amor de Deus, meu pai, minha mãe e meus irmãos morreram em um desastre de automóvel, apenas eu fiquei sofrendo neste mundo, só não morri porque eu estava na casa de uma tia... - chorava de remorso por estar mentindo.

- Não chore! Você parece-me uma boa moça!

Dona Luzineth acolheu-me com toda a minha mentirada. Fiquei naquela casa por três meses. Gostava muito de seus quatro filhos, os quais gostavam muito de mim também.

Mesmo hoje ainda sou muito amiga da família.

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 02/01/2007
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