NUNCA TARDE! - Capítulo IX

CARO(A) LEITOR(A)ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS. PARA ENTENDER A HISTÓRIA SUGIRO A LEITURA DOS OITO CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

Li aquela carta e chorei muito, não falei a ninguém o que estava sentindo. Aquela angústia, aquela vontade de sumir, tuod para mim havia acabado.

Pensei muito em voltar, mas não o fiz. Não foi falta de vontade, mas não daria certo.

- O que que a senhora tá chorano! Parece uma bezerra desmamada. Por que que a senhora sempre chora quando tá aí desenhano essas bolinha nesse caderno?

- Ah! Marina, vai tomar conta das suas panelas! Eu estou escrevendo sobre minha vida e lembro-me de certas coisas e começo a chorar.

- Ah! Aquelas coisa que a senhora já me contou...

Marina sabe de tudo que já passei, pois agora é a única pessoa com quem converso sobre o passado.

* * *

O tempo foi se passando até que apareceu na minha vida um rapaz que acabamos nos tornando grandes amigos. José Onório era meu amigo para todas as horas.

Já havia lhe contado tudo o que havia passado comigo.

Eu desconfiava que José Onório tinha uma certa queda por mim, mas levava o caso como amizade, até que um dia ele resolveu e me disse:

- Francisca, você não é boba. Já deve ter percebido. O meu amor por você não é apenas de um fiel amigo, mas o meu amor por você é diferente. Se você aceitar nós podemos tentar uma ligação e depois podemos até nos casar.

- José Onório, você sabe tudo sobre mim, você sabe quem eu amo. Eu não posso te enganar, você é meu amigo, eu não seria capaz de te enganar, você não merece!

- Eu não me importo, tenho muita paciência eu acredito que com o passar do tempo você acaba gostando um pouco de mim, vou fazer tudo para que isso ocorra.

- Você me dá um tempo? Eu preciso pensar bastante, eu não quero ver você sofrer. Eu te peço um prazo de quinze dias, mas não quero te ver dentro desse período, para não interferir na minha decisão.