NUNCA É TARDE! - Capítulo X

CARO(A) LEITOR(A) ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS. PARA ENTENDER A HISTÓRIA SUGIRO A LEITURA DOS NOVE CAPÍTULOS ANTERIORES. UMA ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

Pensei muito, perdi muitas noites de sono. Na mesma hora que pensava em romper até a amizade que tinha por José Onório, eu pensava que poderíamos dar certo.

No final do décimo segundo dia resolvi. Ficaria com ele.

- José Onório, eu pensei muito, fiquei muito confusa, mas resolvi tentar. Se Deus quiser dará tudo certo!

- Oh! Francisca! Deus ouviu minhas preces, pedi tanto que você me aceitasse. Farei tudo por você, Francisca.

Naquela época eu estava já com dezesseis anos.

Com o convívio com José Onório, não consegui o amar, aquele "amor" que sentia por Ronaldo. Aprendi a gostar muito de José Onório. Ele faltava pouco a adivinhar meus pensamentos. Namoramos seis meses. Para mamãe era Deus no céu e José Onório na terra. Ela o adorava. Depois dos seis meses de namoro ficamos noivos. Foi uma festa comentada por todos os grandes jornais da época, pois José Onório era filho de um grande industrial de São Paulo.

No final de mais três meses marcamos nosso casamento, seria no dia de meu aniversário de dezessete anos. Estávamos no ano de 1953.

Eu estava muito contente, pois sabia que ao lado de José Onório seria uma rainha.

Algumas amigas tentavam me tirar de idéia de casar, mas eu já havia tomado uma decisão muito bem pensada e repensada e respondia sempre:

- O que adianta eu me casar por um verdadeiro "amor" e isto tornar minha vida um inferno? Tenho certeza que se eu me casar com Ronaldo vou conviver eternamente com polícia, com roubos, com decepções em cima de decepções, ao passo que com José Onório eu terei uma vida tranqüila. E lembre-se: Todo aquele que não tem caráter, não é um homem, é uma coisa. Nosso amor erra a procura de um ser sobre o qual possa fixar-se.

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 03/01/2007
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