NUNCA É TARDE! - Capítulo XI

CARO(A) LEITOR(A), ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS. PARA ENTENDER A HISTÓRIA, SUGIRO A LEITURA DOS DEZ CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

Chegou o dia do meu casamento: 7 de outubro de 1953. Estava até alegre. Íamos passar a lua-de-mel na Europa.

Casamos às seis horas da tarde, hora dos anjos dizerem amém.

Foi tudo muito lindo, maravilhoso. Todos sentiam a felicidade de José Onório e eu estava feliz também.

No mesmo dia viajamos. Tudo era belo. Ficamos conhecendo as principais cidades: Lisboa, Madrid, Roma, Paris e muitas outras belas cidades da Europa.

Quando voltamos, tudo ia transcorrendo bem quando um empregado de mamãe chegou à minha casa muito afobado:

- Dona Francisca! Dona Francisca, corre, sua mãe.

Entrei no carro sem perguntar o que era. Ele me levou a um hospital.

Mamãe havia sofrido um derrame.

- Você é a filha dela?

- Sim, doutor, sou filha dela.

- Olha, minha filha, na vida tudo passa, aqui na terra nós somos passageiros...

- O senhor está querendo me dizer que minha mãe morreu?

- Infelizmente!...

- Não! Não! Não!... Não pode ser. Não, minha mãe, não!!!

Saí correndo e gritando pelo corredor do hospital.

Só retomei minha consciência meia hora depois. José Onório estava ao meu lado.

- Amor! Você tem de ser forte! Deus já a levou, mas você tem de ser forte para consolar seus irmãos. Ser forte é uma das maiores virtudes das mulheres.

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 04/01/2007
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