NUNCA É TARDE! - Capítulo XIII

CARO(A) LEITOR(A), ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS. PARA ENTENDER MELHOR A HISTÓRIA, SUGIRO A LEITURA DOS DOZE CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

No final de um no de casamento estávamos felizes, mas só nos víamos à noite. O tempo era o nosso maior inimigo, mas mesmo assim, o tempinho que tínhamos disponível era para conversar sobre nós.

- Como foi o seu dia hoje, amor?

- Eu tive um dia meio agitado, sabe José Onório, hoje me aconteceu uma coisa que me abalou muito. Depois de muito pesquisar tive de dispensar o Jeová.

- O Jeová, o gerente da casa de peças?

- Sim, cheguei à conclusão que o "rato" era ele próprio. Fiquei muito chocada. Eu não sei porque, me sinto muito fraca nesses últimos dias, não consigo me alimentar direito, tudo que como me faz mal...

- Meu amor! Você está doente? Amanhã bem cedo iremos ao consultório do Dr. Paulo Ansiolli. Eu não quero ver você doente.

- Que nada, José Onório, é só um mal estar, passa logo!

- Mesmo assim, cancele tudo que tem a fazer. Amanhã de manhã, nós iremos ao médico.

Eu não sei se foi o fato de saber que iria ao médico ou foi coincidência, mas aquela noite não dormi direito, vomitei a noite toda.

Logo de manhã não consegui tomar café. Isso apressou mais a nossa visita ao médico.

- Ora, veja, o casal empresário de São Paulo!

- Como vai Dr. Ansiolli, trouxe minha Francisca para que o senhor a examine, ela não anda muito bem.

- Sim, claro, José Onório. Vamos sentem-se. Em que posso te servir, dona Francisca?

- Eu nem sei te explicar, Dr. Ansiolli, de uns dias para cá estou diferente. Eu sou uma mulher forte e agora me sinto frágil, me emociono à toa, sem contar o problema de estômago.

- A senhora tem notado alguma outra diferença?

- Sim, meus seis cresceram e estão muito doloridos.

- Certo, por favor, dona Francisca, deite-se ali que preciso te examinar melhor.

Deitei-me na cama, o médico apalpou minha barriga em vários pontos, escutou e concluiu:

- É, não resta dúvida, dona Francisca e José Onório. Parabéns, pelo bebê que vai chegar daqui a uns oito meses mais ou menos!

- Um bebê, o senhor está querendo dizer que minha Francisca está grávida?!

- Sim, não resta dúvida, os sintomas são lógicos!

Eu quase não me contive, fiquei muitíssimo emocionada.

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 04/01/2007
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