NUNCA É TARDE! - Capítulo XIV

CARO(A) LEITOR(A), ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS. PARA ENTENDER MELHOR A HISTÓRIA, SUGIRO A LEITURA DOS TREZE CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

Desse dia em diante não fui mais trabalhar, pois fui ficando cada dia mais fraca. Emagreci oito quilos. José Onório passou a trabalhar menos também, ficava mais ao meu lado.

No fim do terceiro mês já me sentia mais forte, já me alimentava melhor. Só fui me fortalecendo e voltei ao trabalho.

Trabalhava e tirava um tempo só para o bebê, fazer enxoval, planos para o futuro e outras coisas.

José Onório parecia um bobo.

- Ê, nenem, está muito sumido, apareça! - falava sempre passando a mão na minha barriga.

Vivia fazendo planos para ele.

Afinal chegou o mês do nascimento, esperávamos a qualquer momento.

Em um dia comum, levantei-me muito cedo. Fiz uma breve refeição e saí para o trabalho. Trabalhei muito nesse dia. Voltei para o almoço. Depois do almoço, peguei uma mala e coloquei tudo que iria levar para o hospital. Deixei a mala arrumada e voltei para o trabalho. Parece que estava adivinhando.

Têm coisas que outras pessoa não podem fazer por a gente. Surgiu um problema numas peças que recebera, estavam com defeito de fábrica. O novo gerente não conseguiu resolver.

Resolvi eu mesma resolver o problema juntamente com o fabricante.

- Dona Francisca, deixa eu mesma ir para a senhora, eu faço tudo direitinho como a senhora gosta.

- Não, Madalena. Muito obrigada, eu sei que você é uma excelente secretária, mas prefiro eu mesma averiguar.

- Eu digo pelo estado em que a senhora se encontra, quase no dia de dar à luz. É muito perigoso, a senhora andar dirigindo automóvel, subindo escadas, enfrentando filas. Eu me preocupo muito com essa atividade da senhora. a senhora não tem medo de nada, não tem serviço ruim para a senhora, enfrenta tudo como se estivesse numa situação normal.

- Ora, Madalena, que excesso de preocupação! Assim é bom que o nenem nasce já ativo, acostumado com o trabalho. - falei passando a mão em seu rosto miúdo.

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 08/01/2007
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