O PASSEIO
Com um mês que fiz cirurgia na coluna, fui à academia abraçar as minhas colegas, mostrar-lhes a cicatriz e desejar um santo e abençoado Natal. No pequeno trajeto, encontrei várias pessoas com seus cachorrinhos de toda cor, sexo e tamanho.
-Que bonitinho!
-Não, senhora. É bo-ni-ti-nha.
-Desculpa. Perdão. Como ela se chama?
-Mimi.
-Ela dá muito trabalho?
-Só para trazê-la aqui fora, três vezes ao dia.
-E quando está chovendo?
-Fica difícil, pois, elazinha só faz as necessidades na rua.
-Olha lá mais um cachorrinho. Vou conversar com o dono. Tenho vontade de comprar um. Tchau.
Bom dia! É ele ou ela?
-É macho! Muiiiiiiiiiito macho! É machão!
-Como é o nome delezão?
-Tobe.
-É obediente?
-Muito. E inteligente, também. Só falta falar.
-Por que ele está latindo?
-Porque arrumou uma amiga.
-Que lindão!! Tchau.
Depois de cumprimentar cada colega da hidroginástica, segui para o supermercado. O gerente apertou a mão dos primeiros clientes que entraram no estabelecimento. Muito bonito o seu gesto. Os funcionários, posicionados em frente aos caixas, desejaram bom dia a todos, com entusiasmo.
Sentei-me para descansar um pouquinho.
Depois, procurei o meu pão light, com maçã e canela, mas estava em falta.
Voltei satisfeita do passeio, sob os raios do sol. Foi divino!
Antes de chegar em casa, avistei mais um animalzinho.
-Qual é o nome do cachorro?
-Ca-chor-ro?! Nããããããao! Ele é meu filho e se chama Joli!
-Você dá trabalho ao ‘papai’?
-De jeito nenhum! Ele é um amor de criança!
-Um dia terei um ‘filhinho’ assim. Tchau, Joli e feliz Natal.