QUANTA ECONOMIA

Bem dizem que a economia sai caro.

Numa manhã , dessas de muita correria, de contas a pagar, idas a banco, e obrigações; ao passar em frente a uma loja bem popular não acreditei nos preços ali estampados.

O mais incrível era o preço das cadeiras metálicas futuristas - que ficariam bem com a minha mesa da sala de jantar. Não exitei e como louca fiz a compra das BELÍÍSSSIIIMAS e baratíssimas cadeiras metá-licas.

Logo, segui o dia e minha vida, a rotina de professora nas esco-las, cheias de aulas.

Até que numa bela manhã recebi a entrega da compra e sem ma-nual, nem nada, lancei-me a montar as cadeiras. Já que o preço era tão pequeno; não comportava a montagem, pensei.

Passaram-se os dias e finalmente recebo um misterioso telefo-nema, que não conseguia identificar o som estranho que dizia:

- Alô, é o M.....TADOR!

– Quem? Como? Deve ser engano!, repetia eu, sem nada entender.

Aumentei o retorno do telefone e continuou péssimo. Do outro la-do repetia a voz gutural, ininteligível, e ATERRADORA!:

O M...TADOR, M...TADOR!

Pensei: - O MATADOR? Incrível. - Quem é esse louco? O que fiz para suscitar tanta ira?

Chamei minha filha: – Ouça! O que ele diz?

E ela, depois de muita tentaviva ao pé do telefone, arrematou:

- Acho que é MATADOR!

Como eu era professora e já começava a violência louca em al-gumas escolas e noticiários. Pensei: Será? Será que algum aluno se rebelou contra a nota recebida? Será que alguém se ofendera com al-guma palavra minha?

O pior é que me lembrei de um aluno, meio calado enigmático (personagem e caso de outro conto meu).

Voltando ao matador, não me saia da cabeça por uns bons dias. Até um tempo depois, num belo sábado, toca o interfone.

Do outro lado: - É O M.on.TADOR das cadeiras que a senhora comprou falava gaguejando e embaralhando a vogais, o solícito e ino-fensivo trabalhador.Eu liguei e vim várias vezes aqui e não encontrei ninguém.

Só matei a charada, por causa do nome da loja e da palavra CADEIRAS. Então expliquei que elas já estavam montadas e agradeci.

- Ainda bem.

- QUE SUSTO!

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 13/08/2012
Reeditado em 08/10/2012
Código do texto: T3828064
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