eu vivi um milagre!

Eu vivi um milagre!

Dia 07 de novembro de 1985, nascia meu segundo filho Clayton, com 8 meses e 3,350kg e 53 cm, o médico que fez o parto teimou dizendo que ele tinha peso e tamanho de menino de 9 meses , mas a ultrasom dizia a idade gestacional.

Hoje ,Clayton tem quase dois metros, nunca foi pequeno! Costumo dizer que não cabia mais na minha barriga, então , ele nasceu.

Foi uma gravidez dificil ,pelos inúmeros problemas que tive e porque a placenta descolou. e o médico me dizia : fique de repouso.

eu era jovem e para mim repouso era não sair de casa. e eu não saia. mas fazia tudo em casa. Só perto da minha última consulta médica a minha cunhada me disse: celinha ,repouso de grávida é ficar deitada não pode levantar da cama. e na minha última consulta perguntei: como é esse repouso? é ficar deitada o tempo todo? e o médico disse: sim. e eu disse porque não me explicou? eu não fiz nada disso.

o trabalho de parto demorou de 50 a 60 minutos e eu entrei na sala de parto com 10 cm de dilatação. Eu não sentia dor para ter filho!

eu estava dormindo e acordei, do momento em que acordei, para o momento de ter filho foram uns 60 minutos .

Fui na maternidade, ver como eu estava por ter rompido a bolsa .Mas nem isso eu sabia pensei que era xixi e corri por banheiro.

Na maternidade a enfermeira oscultou o nenem e diSse tá tudo bem, sua barriga esta retesada, mas esta bem! pode ir pra casa e quando levantei , ela disse : pode deitar de novo, esta perdendo agua. e chamou o médico.

Quem inventou esse negócio de exame de exame de toque, é muito ruim! como dói!

O médico disse: tá com 4 cm de dilatação vai ter de ficar internada , voce não sente nada?

Ele queira que eu sofresse! só pode!

Mas fui em casa e peguei minhas coisas e voltei. Quando voltei tinha duas mães na minha frente ,para fazer a limpeza e se internar. fiquei passeando no corredor e conversando com a minha barriga e alisando. as enfermeiras passavam e diziam tá fazendo o que aqui? e eu dizia : vou ter nenem. e ela diziam com essa cara, vai não.

e eu ria e dizia: vou sim!

Claro que, eu sentia que meu corpo estava diferente, que sentia os ossos se afastarem, e pensava que era como uma rosa desabrochando. Senti menos dor, do que uma cólica menstrual minha. Minha cólicas eram muito fortes.

E, como o médico já tivesse ido embora ,ele era o médico de plantão, eu o liguei dizendo que já estava na hora e ele disse :acabei de sair daí, e isso demora o dia todo. E, eu disse acho que não!

Ele só voltou, porque o parto era particular.

E ele entrou na sala na hora em que eu fazia a limpeza e morri de vergonha e pedi que saisse. Já no quarto, ele oscutou o nenem e já ia saindo e eu o chamei e disse : não vai me examinar? e ele disse : minha filha ,não faz uma hora que eu lhe examinei e isso demora. e eu disse acho que não. E ele examinou e gritou : a maca! a mulher é da boa mesmo! não dá um ai e já vai parir!

e eu morrendo de calor ,disse :só vou, se eu tomar banho! ele disse : não pode! e eu bati o pé. Aí ,ele me disse tá certo! então, entrei no banheiro e me molhei, ele me tirou do banho e jogou a bata e me colocou na maca, tão depressa. E fui pra sala de parto, uns poucos passos. e a enfermeira que vinha, de lá pra cá, disse o nenem coroou, tá nascendo.

Eu estava num salinha de parto e ouvi uma enfermeira gritar: um caso de placenta prévia. e não vi mais nada! pois haviam colocado algo no soro, dormi.

Quando acordei eu estava no quarto e meu filho num berço , me estiquei toda pra vê-lo. Tão lindo!

Feito por mim e abençoado por DEUS!

Nunca orei tanto à DEUS, como quando eu estava grávida dele.

Dormi no hospital e no dia seguinte fui pra casa,à noite eu tive uma febre muito alta, tremia toda, me sentia muito fraca, sem forças! e meu filho chorava , não gostava de ficar molhado. e eu chamei mamãe e disse : mãezinha, por favor, troca a fralda dele , eu não estou bem, estou com febre. E ela ,da porta disse: Detesto menino novo. e se foi.

Pobrezinha de mãezinha! A pior pobreza é a de espírito.

E eu pensei: vou morrer! E com grande esforço levantei e troquei a fralda dele. Depois, como já estava em pé resolvi ir ao banheiro. e foi um sacrifico chegar até lá. voltei de lá e me sentei na cama, me senti melhor. E eu orei por muito tempo. Muito tempo. Uma hora talvez mais.

Passado um tempo. Papai, que vinha de uma festa na casa de minha irmã do meio, entrou no meu quarto com minha irmã mais velha e ela ao me ver, disse: Papai, ela esta morrendo! não tá vendo? o senhor tem de fazer algo! tem de levá-la ao hospital. e ele me disse : vamos? e eu tentei mexer meu braço direito e ele não saiu do lugar! Só ,então percebi que nada em mim se movia. Mas, minha mente funcionava. Lembro, que eu tive pena de papai, como ele iria me levar ao hospital? E eu disse: papai, eu já orei! se for para o hospital eu vou estar duvidando do meu DEUS! E pedi a ele que lêsse meus livros, minhas orações que estavam sobre a mesinha de cabeçeira do meu quarto. e eu fiquei ali ouvindo a voz grave dele.E, senti algo muito estranho, era como se ,o meu coração estivesse saindo pela boca, nitidamente pela boca, era estranho... e era ciclico. terminava de acontecer e acontecia de novo, e foi assim diversas vezes. eu só suspirava. Um cansaço imenso tomou conta de mim, após muito tempo sentido isso e eu sentindo que minhas forças me abandonavam , eu devo ter dormido ou desmaiado. eu perdi a consciência e lá fiquei!

Meus queridos amigos , eu ia morrer à míngua. Ali sozinha!

Quer dizer, sozinha não! Alguém, muito especial cuidava de mim! tenho certeza disso!

Eu dormi pesado por muito tempo e acordei normal o dia seguinte. me levantei e cuidei de meu filho.

Não consigo lembrar, se foi nesse dia seguinte, ou se descansei um pouco , e no dia seguinte estava lavando as fraldas do meu amado filho lá atrás, na lavanderia, e alguém bateu no portão de trás e fui lá ver quem era,a casa de minha mãe tem fundo correspondente com outra rua. Em frente a maternidade onde tive nenem.

e o médico que fez meu parto estava no portão dizendo : eu soube que passou mal e vim lhe ver! e eu abri o portão. ele em olhou e disse: tá molhada? se mal que lhe pergunte, tava lavando roupa? e eu disse sim. e ele disse: Mas não pode! o útero ainda não voltou ao normal! e eu ri... e disse: Dr. Acilon, o trabalho dignifica a alma humana! e ele foi até o meu quarto e me examinou e eu contei tudo. ele ouvi e nada disse.

Quando ele ia saindo , mamãe disse para ele: Ela acha que ficou boa com as rezas dela. Em tom de, total desprezo! e rindo disse: Eu dei um AAS à ela. E ele disse: se a senhora, visse o que eu já vi, saberia que a fé realmente remove montanhas , o que ela teve não ficaria boa com AAS. e saiu.

Uns 10 anos depois, eu conversando com meu ginecologista contei isso e ele me disse: voce sabe o que voce teve? e eu disse: não. e ele disse : voce me descreveu passo à passo de um eclâmpsia, como esta aí, viva me contando isso ,sem ter tido atendimento médico, só pode ter sido um milagre! e eu disse: ah! disso eu sei! Tenho certeza!

Aquela noite, eu vi aquele bendito túnel que tanto falam , as pessoas que tem experiência de quase morte, andei nesse túnel fui e voltei...

Eu pedi à DEUS para permanecer viva, até criar os meus filhos e eles não precisarem mais de mim!

Eu tenho fé! e DEUS me deu o livramento daquilo!

Hoje .pesquisando no Google, li à respeito do Elâmpsia e me lembrei de dar o testemunho de minha fé!( o texto abaisx foi copiado da wikipédia)

Eclampsia ou Eclâmpsia é uma séria complicação da gravidez e é caracterizada por convulsões. É um acidente agudo paroxístico da toxemia gravídica. Consiste em acessos repetidos de convulsões seguidas de um estado comatoso.

A legislação brasileira nos indica que uma pessoa que esteja em estado comatoso com índice 3 na escala de Glasgow o qual foi determinado por exames decorridos durante as últimas 24 horas está morto, pois o mesmo apresenta interrupção e irreversibilidade das funções encefálicas (comprometimento irreversível do SNC) seguida de incapacidade de manter espontaneamente a homeostase [3].

Então, um indivíduo que não apresenta resposta motora, que esteja emudecido e incapaz de realizar espontaneamente uma ação motora tem morte encefálica, certo? Errado. Estudos recentes realizados por diferentes centros de pesquisa verificaram que pacientes que parecem estar em estado vegetativo estão, na verdade, conscientes.

Martin Monti, em seu artigo publicado no New England Journal of Medicine, descreve como pacientes em estado vegetativos conseguem estabelecer comunicação e são capazes de responder “sim” ou “não” às perguntas dos estudiosos. Os médicos da universidade de Cambridge, na Inglaterra, e de Liège, na Bélgica, pediram ao paciente que imaginasse atividades motoras, como jogar tênis, para responder “sim” e, imagens espaciais, como ruas, para indicar “não” [4,5].

Interessante ler isso, eu tive impossiblidade motora, não me movia, o que eu senti estranho do coração quase sair pela boca ,era a convulsão e peder a consciência depois foi o estado comatoso.

Então , meus queridos eu vivi um milagre! e não vivi só esse!

Acho que a pior pobreza, é a de espírito! Porque, nada se pode fazer! Eu ia morrer à mìngua, sem atendimento médico, a maternidade onde tive nenem era em frente à casa de minha mãe. Era só atravessar a rua e dizer: Ei, a minha filha esta morrendo! E eles iriam até lá. e se fosse o caso me hospitalizariam. Ou levariam a outro hospital.

Mas a falta de ação foi enorme!

Meu pai ,é um homem de grande fé! e sem ação!

Mas o meu pai verdadeiro não me abandonou! COMO É BOM DESFRUTAR DESSE AMOR!

EU AINDA ESTOU AQUI E ISSO DEVE TER UM MOTIVO SÉRIO!

Celia Barreira Queiroz

celia barreira queiroz
Enviado por celia barreira queiroz em 14/08/2012
Reeditado em 12/06/2013
Código do texto: T3830454
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