PAI PRESENTE

O meu compadre Zé Lorota, este é o seu apelido namorou a comadre Candinha, namoro sem maior comprometimento, mas resultou no nascimento do meu afilhado Willian, do qual o compadre não queria assumir a paternidade, alegando não ter certeza da mesma, mas todos diziam pela mesma boca, que o menino era a cara do pai, neste caso, meu compadre e que negava assumi-la.

Na verdade ele tinha consciência de ser o pai da criança, pois só me chamava de compadre, porém para a comadre ele continuava negando, a ponto de leva-la a desistir da ação de reconhecimento de paternidade. Como Deus escreve certo por linhas tortas, sentiu-se comovido com a campanha da justiça em defesa do direito da criança, em receber o reconhecimento e os cuidados materiais e afetivos por parte dos pais, meu compadre que é homem bom, honesto e trabalhador, sentiu-se comovido através dessa campanha.

Na chamada dessa campanha pela televisão, apresentava-se uma situação muito humilhante, envolvendo uma criança, cujo pai não a reconheceu como filho. Essa imagem tocou forte o coração do meu compadre, que se pôs a pensar: meu filho estará sujeito a situação semelhante, quando em idade escolar e isso eu não posso deixar acontecer.

Minha comadre hoje está casada com outro homem, mas meu afilhado, tem uma mãe e um pai que lhe dão acima de tudo, amor e carinho.

Aquela tarde de um dia lindo de sol, de uma temperatura elevada típica da região, aquecia também o coração de Willian, que segurava como a um troféu a sua Certidão de nascimento.

Obs. Este pequeno conto, é uma história real, como se trata de situação sigilosa, os nomes dos personagens são fictícios.

CEZARIO PARDO
Enviado por CEZARIO PARDO em 21/08/2012
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