Pôr-do-sol

Após nascer, a única certeza que o ser humano tem é a de que um dia a morte virá buscá-lo. Não adianta o desespero, por isso é preciso viver. Acredito que nenhum de nós tenha ainda tomado consciência da máquina perfeita que é o nosso corpo. Ele se renova periodicamente. A função do cérebro, por exemplo, é manter o organismo vivo. Nossas células têm um mecanismo de vida útil e de funções complexas, dignas de uma grande corporação. Tudo em perfeita harmonia.

Daí você pode pensar assim: E eu com isso? Você, eu, todos temos a ver com isso. Cada qual com sua concepção de saúde física, mental, emocional e espiritual.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) diz que a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença.

Então, nós somos responsáveis pela nossa condição e também pela dos outros, por que somos uma sociedade. Está ficando difícil?

Começo falando de morte e depois de saúde. Depois classifico esta história como conto cotidiano. Não sou verborrágica. Acredito que seja a idade chegando com todo o seu peso e consciência de que poderia ter feito melhor.

Nascemos, engatinhamos, andamos, estudamos, trabalhamos, amamos, produzimos, nos reproduzimos, recolhemos nossas benesses ou não.

Aprendemos, ensinamos, proporcionamos alegrias, tristezas, amizades...

Estamos "pessoas". Indivíduos em condições diversas, graus de "conhecimento" diversos, condições sociais igualmente diversificadas.

Mas quando fecharmos os olhos ao último pôr-do-sol, seremos apenas lembranças, esperemos que boas. Sabe, quando aquele dia de sol escaldante de um verão intenso e. de repente, uma brisa sopra e refresca até nossa alma? É isso.

Magda Ribeiro Botelho
Enviado por Magda Ribeiro Botelho em 13/09/2012
Reeditado em 16/09/2012
Código do texto: T3880559
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