ENCONTROS! DESENCONTROS OU MERA ILUSÃO...

Ih! É o que mais acontece...Quem nunca passou por esta situação? Creio que se pudéssemos ouvir todos os conhecidos e amigos teríamos muitas histórias interessantes. Particularmente lembro-me de um relato que me marcou muito.

Tarde quente trânsito difícil, muita compra para fazer, sua mãe e seu filho estavam com ela no carro e, já no final da jornada pararam em um atacadista para comprar um saco de arroz. A mãe entrou, ela ficou na porta sob uma sombra rara naquela ocasião, então, dentro do galpão se destacou um rapaz, claro, magro, alto, elegante até demais para trabalhar naquele local, seus olhos se encontraram, sorrisos seguiram, ela entrou de mãos dadas com a criança.

Não preciso detalhar muito o que houve em seguida, conversa vai, conversa vem, nasceu ali um possível romance entre duas almas, ela julgava, se possível um grande amor. Trocaram mais algumas palavras, marcou um encontro para aquela mesma noite em uma praça da cidade, nada de endereços ou telefones, nem ao menos nomes completos, afinal iam se ver e não precisava nenhuma pista porque jamais pensaram num improvável desencontro.

Choveu muito no fim da tarde, o calor já indicava que poderia chover, foi um verdadeiro aguaceiro, mas isto não seria empecilho se não fosse a febre da criança que a segurou em casa naquela noite e o encontro tornou-se um desencontro.

Voltou ao atacadista, não o viu mais, perguntou por ele, era um comerciante de passagem e já não estava mais ali. Ninguém disse mais nada. Saiu cabisbaixa, triste mesmo e por anos e anos nunca esqueceu o acontecido. Sonhou com algo que jamais aconteceria.

O tempo passou, novos sonhos e novos amores surgiram e certo dia no seu trabalho, uma Repartição Pública, recebeu uma comitiva do interior e olha quem estava entre eles? Sim, ele mesmo, entusiasmada o abraçou e num arroubo confessou que nunca esquecera aquele quase encontro. Sentiu nele uma surpresa grande e percebeu que ele não se lembrava de nada. Puxa! Que desencontro... Naquele momento, viu que foi uma doce ilusão e matou o sonho que durou tanto tempo. Se fosse eu, a protagonista desta história, como uma romântica incorrigível que sou, juraria que tudo não passou de sonho mesmo, ou um mero capricho do destino, SERÁ?

Goiânia, 09 de setembro de 2012. Sônia.

Para meditar:

“Chegue a minha oração perante a Tua face, inclina os Teus ouvidos ao meu clamor” Salmos 88, vrs 2. Bíblia Sagrada.

Sônia Pedroso
Enviado por Sônia Pedroso em 15/09/2012
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