Aconteceu em Paris

      Certo mês de junho embarcaram para Paris Diná, Renata  e Consolação. Três baianinhas arretadas, afiadas no francês. 
       Terceiro dia de visitas e já estavam muito bem acostumadas com a cidade, pararam par almoçar em um restaurante logo alí perto no Museo do Louvre, aonde passaram toda manhã visitando as principais atrações.
             Depois de algumas divergências escolheram um pequeno, porém simpático restaurant, adentraram e procuraram um lugar para as três. As mesas eram umas muito próximas às outras o que tornava um pouco dificil a passagem.
                 Mas logo se estabeleceram e após atendidas pelo garçon, começaram a conversar descontraidamente em português é claro, poderiam falar o que quisessem, ninguém as compreenderiam.
               Assim é que vislumbraram, logo juntinho delas um casal, que já comia. Tratava-se de um homem de seus cinquenta e poucos anos, muito branco, cabelos de espiga de milho e uma jovem aparentando cinte e dois anos, morena.
             Aí começou a discusão entre as três do que seria o casal: pai e filha, amantes, somente amigos, encontro comercial.
             Todas estas possibilidades foram aventadas e justificadas por algum gesto mais familiar, profissional ou sensual do casal.
                  Como não poderia deixar de ser, Consolação logo sentenciou que se fossem amantes, o que ela defendia enfaticamente, o homem iria levar belos cornos, dado a diferença de idade entre eles.
                   Neste momento o casal acabara de pagar a conta e para que podessem passar o homem dirigiu-se a elas e disse: - Dá licença por favor? 
Luís Jorge Vidal
Enviado por Luís Jorge Vidal em 26/11/2012
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