A Dona e o Coco

Dois Furos! tirei a água do coco, com uma marreta fui abri-lo ao meio.

Dois Pulos! eu sai correndo atrás do coco, descendo pelo quintal, passou por baixo do portão em direção a rua.

Que vergonha!

Vizinhos presenciaram tudo, solidários correram atrás do coco.

- Que loucura! é tão difícil abrir um coco?

Era só um bolo, saboroso que eu estava fazendo no meio da tarde para comê-lo com um delicioso chá.

Uma vizinha vira-se para mim com um sorriso sarcástico e me pergunta.

- O bolo tinha que ser de coco?

-Neste exato momento eu preferia que ele fosse de outro sabor, respondi furiosa.

- Consegui pegar o coco! gritou outra vizinha.

De volta para casa cansada e humilhada pelo coco, olhei para ele e o infeliz nem se manifestou em abrir, comecei a marretá-lo com a porta fechada para ele não ousar a pular novamente, mas tudo em vão.

Peguei um parafuso grande e comecei a perfurá-lo e aos poucos ele foi cedendo ao cansaço e abrindo.

Eufórica me sentindo vencedora dei um só golpe no danado com a marreta e o coco se abriu ao meio.

Satisfeita com uma faca tirei seu saboroso conteúdo, uma parte ralei para colocar no bolo e a outra parte fui me deliciando ao poucos enquanto o bolo assava.

Depois do bolo pronto reparti com meus vizinhos que me ajudaram a pegar o coco.

Novamente um deles me perguntou.

-Porque você não fez de outro sabor já que estava tão difícil abrir o coco?

Respondi com convicção!

- Porque nunca se pode de desistir do objetivo tendo pela frente o primeiro obstáculo.