Certa Vez...

Certa vez, sai com o meu grupo teatral para uma apresentação em uma cidade vizinha a nossa...

Os atores estavam muito felizes.

Lembro-me que um deles, queria que todos usassem um cracha com a indicação de que eram atores.

Muitos não concordaram, e nem eu.

Expliquei-lhes que após a apresentação, eles seriam reconhecidos como atores.

E que os bons atores se escondiam para conseguirem andar livremente pelas ruas.

E que não era de bom_tom uma pessoa dizer:_ "Eu sou ", "Eu Faço ", e muitos outros ...

Disse-lhes, que nossas atitudes são notadas a cada instante.

E que ao descerem do palco, eles sentiriam melhor o resultado das suas atuações, ao serem cumprimentados pela platéia.

E assim foi acontecendo em cada cidade por onde passávamos...

Sempre disse também que nunca pedissem a opinião sobre a atuação, pois mesmo que a resposta fosse boa, eles nunca saberiam se era verdadeira... Ou... Poderiam ouvir uma resposta negativa, que os levariam a um travamento.

O grupo teve que parar.

Mas sou ciente de que minhas palavras ficaram gravadas na memória daqueles que souberam ouvir.

E isso, serve para o nosso dia-a-dia !

O que me levou a escrever este texto, foi a atitude de muitos amigos recantistas...

Pessoas de nomes já consagrados como bons poetas, mas que sempre me trataram com muito carinho. Eu não sabia o nível intelectual de ninguém. Bricava com o meu amigo Bridon, Paulo Cesar Coelho, e muitos outros... Como se fossem uma Maria qualquer. Citei os dois, por já conhecê-los pessoalmente. E confesso ter ficado encantada diante da simplicidade que eles conseguem passar.

Maria Lamanna

Rio Preto_MG

Maria Lamanna
Enviado por Maria Lamanna em 01/12/2012
Reeditado em 01/12/2012
Código do texto: T4015085
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