A JANELA
Estava escuro ali no túnel, chovia e no vidro e as gotas apostavam corrida. O vento dava mais movimento as pequeninas.
Uma garotinha estendeu a mão e parecia querer parar as gotinhas da chuva.
As gotinhas correndo lá fora; a menina brincando ali dentro. Uma ciranda frenética!
E a mãe, dona do colo, mantinha o olhar perdido; não via a beleza de nada. Nem das gotas nem da criança por ela gerada.
A janela mesmo fechada abria um novo mundo para quem observava a beleza muda de duas jóias raras. A garotinha inocente e a chuva despudorada.
Elaine Spani
(15/12/2012 – Primavera)