Big Brother, a prova de que vaso ruim não quebra fácil

Mais uma vez o ano se inicia, inaugurado pelo programa mais medíocre da televisão brasileira, o Big Brother Brasil. Rendendo milhões para uma emissora, que paga seis para um ex-jogador emagrecer e em agosto pede dinheiro para atender instituições carentes.

Talvez, subjugados mentalmente, seja a melhor definição para isso que estamos sujeitos a assistir nesse dia 8. Um programa em que a vida alheia impera e a baixaria pauta os hábitos de quem assiste.

Não posso dizer que nunca assisti a um desses, quem não? É como o recentemente lançado The Voice Brasil, que foi uma febre no país. Todos elogiando e exaltando a criatividade dos globais na elaboração do mesmo. Sendo assunto para conversas de botequins, cabeleireiro e etc.. Sinto em dizer, mas o The Voice é só mais uma cópia de tantos outros programas de música que circulam pelas outras emissoras. Qual a diferença desse para o Ídolos, Astros, ou qualquer outra porcaria que passa por ai? Ficamos sujeitos e reféns de uma programação que não alimenta nossas mentes e um sensacionalismo barato que nada nos acrescenta.

Tinha Pedro Bial, como um ídolo. Um cara que já cobriu o fim da União Soviética, as Guerras Americanas na região do Oriente Médio e tantos outros assuntos não deveria apresentar um programa como esses. É como se o Sérgio Malandro apresentasse o Jornal Nacional, que crédito alguém daria para aquilo. A Globo, tenta mostrar na figura de Pedro, que o BBB é algo útil e impressindível para a família brasileira. Mas, para uma minoria, não consegue. Apesar do nome de peso que este jornalista brilhante carrega, acredito que nem se colocassem ele, Bonner, e Willian Wack, que apresenta o jornal da Globo, juntos, aquilo ganharia algum respeito.

Com maiorias desprovidas de algum cultural, até chegam naquilo procuram. Caso contrário, não estariam na décima terceira edição do programa. Quantos só esta semana que precede seu início, não escutei lamentando por ter de acordar cedo e não poder acompanhá-lo como desejariam? Quantos não escutei dizendo que nesta ou naquela edição, os participantes foram melhores, mais engraçados ou coisas do tipo? Será que essas pessoas não conhecem um livro, um jornal, uma revista?

Genoino, condenado do Mensalão, assumiu o cargo de Deputado federal, mas e ai? Dane-se, não é isso que brasileiro pensa. O que quero é ver são as gostosas e sarados que aparecem no Big Brother. E ainda queremos que nosso país vá para frente dizendo que não somos um bando de subdesenvolvidos e, outros adjetivos mais, qualificam nossas reais características.

Um país que precisa de cotas em universidade para regularizar um erro do governo, dá vergonha de ser chamado de minha pátria. É como se tentássemos consertar um erro com outro, fazendo aqueles que estudaram, pagar o pato nessa história toda.

Há quem diga que estou equivocado em meus dizeres, mas creio que enquanto estivermos a assistir essa droga, ficaremos como eles querem. Com mentes fáceis de se manipular e vazias de conhecimento. Atributos necessários para que situações como essas (cotas e mensalão), ocorram sem nenhuma crítica ou argumento. E assim como vacas de presépio, abaixemos a cabeça para as decisões dessa “classe dirigente”.

Vinícius Bernardes
Enviado por Vinícius Bernardes em 05/01/2013
Reeditado em 05/01/2013
Código do texto: T4068792
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