A Menina Operária.

A Menina Operária-conto verídico

Camila é uma moça mignon,vestida com um shortzinho e camisetas limpos e alegres e com um belo e encarolado cabelo que ela prende ao trabalhar como faxineira que é,e pega duas ao dia,eficiente e rápida no seu pesado a fazer.

Faxinava minha casa quando,por simpatia comigo,me contou sua vida:-Tem agora 21 anos aos doze teve seu primeiro filho de pai ignorado e que criou sozinha até os seis anos e depois,por circunstancias econômicas teve que o entregar a um parente distante.Diz me,disfarçando u ma lágrima, que agora ele a desconhece,sequer a cumprimente,embora ela tenha enfrentado toda s as ´series de preconceitos por ele,visto que era mãe aos 12 anos. Casou depois e do casamento ficaram duas filhas de quatro e dois anos que mantém sozinha com suas faxinas já que o marido,e era umhomem bom,faz questão de dizer, foi assassinado.Desta forma assu miu as duas pequenas já que as deixava,na ´epoca da faxina com uma tia ,pois sua mãe morrera três meses atrás.

Fiquei pensando na força deEgo desta mulher,quase umamenina,que enfrentou tantos dissabores na vida,nunca se deixando vencer pela depressão ou doença mental,encontrando sempre forças em si,trabalhando e seguindo a vida à frente.

Ao final da excelente faxina,trocando a roupa para ir para a outra faxina ,me disse que às vezes desanimava mas que nestes momentos se dizia: NÂO DESANIMATEM ESPERANÇA,NÃO DESANIMA...

ORA ,ela é sua própria terapeuta,pois se” dizendo em vo baixa para si várias vezes não desanima”,está fazendo o que os psiquiatras chamam de terapia de apoio!!Enqua nto há tan tos que por motivos ínfimos,logo ficam alterados perturbados e recorrem aos psiquiatras,psic

ólogos e tranquilizantes mesmo, e sobretudo, aqueles que tem família,gordos salários e suaves trabalhos.

Que discrepância e que lição nos dá Est ta ç pequena operária e moça do povo!Haja saúde mental!

Confesso que no aconchego de minha casa de praia,c om a grama verde aos meus pés e deitada na rede a ler,larguei o Gabriel Garcia Márques para l ouvir e aprender.E aprendi e como!

Suzana da Cunha Heemann
Enviado por Suzana da Cunha Heemann em 16/03/2013
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