A SINA DO FILHO(A) DO MEIO

Você já ouviu falar ou conhece a sina dos filhos do meio?

Não? Mas, existe. Claro que toda regra tem exceção e acredito que neste caso também possa existir.

Vou comentar sobre uma grande e unida família que vive em uma linda e pacata cidade do interior de Minas.

Um casal tinha seis filhos do sexo masculinos e estavam esperando o sétimo e na década de 50 não existia ultra-som, então, tentavam adivinhar o sexo do bebê pelo formato da barriga da mulher.

O filho mais novo do casal estava com três anos, e a gravidez era um suspense, se viesse mais um menino o pai estava animado, sonhava em tom de brincadeira formar um time de futebol, mas, se viesse uma menina seria o ideal, pois, seria a realização do sonho de todos.

O tempo foi passando e chegou o grande dia! Nasceu! Uma linda menina morena dos olhos grandes, endeusada, festejada por todos, pois, foi muito desejada que até o sonho de formar um time de futebol ficou no esquecimento.

Mas, naquela época se fazia filho um atrás do outro, em poucos meses o casal estava grávido novamente seria o 8º filho, sem muita emoção, pois, o sonho de forma um time de futebol tinha sido quebrado com o nascimento da primeira filha, então... O que viesse estaria bom, contando que viesse com saúde e para piorar o clima da gravidez, a mãe da grávida ficou muito doente e teve que ir para a capital submeter a uma cirurgia com risco de morte.

A gravidez se tornou um peso para aquela mulher que queria acompanhar a mãe neste momento tão delicado e não podia, a criança foi gerada neste clima de tristeza e de muito choro, chegou o dia do nascimento da criança, ela nasceu ao meio dia, uma menina linda clara como neve de olhos verdes, com saúde era o que importava e a vida continuou normalmente para esta família.

A saúde da avó era boa, apesar da mesma ter perdido parte do fígado.

A filha mais velha continuava sendo o centro de atenção de todos e a outra era apenas mais uma filha que chorava muito. Não podemos afirmar que o fato dela chorar muito tinha a ver com a gestação ou se era muito sensível e sentia que não era tão paparicada e tão querida quanto à irmã.

O tempo foi passando... E depois de seis anos como caçula a mãe da mesma ficou novamente grávida e como já estava mais velha todas as atenções era para a gestante, pois a gravidez era de risco.

Mais uma vez, chegou o grande dia! Nasceu! Outra menina linda, como todos os filhos desta família, não era tão morena quanto a mais velha e nem tão clara como a mais nova.

A filha do meio teve que parar de estudar, pois, a mãe trabalhava e alguém precisava ficar em casa para cuidar da caçula.

E a filha do meio foi crescendo com baixa auto-estima, pois, se julgava mais feia e menos merecedora de atenções, menos amada.

O tempo foi passando, os irmãos casaram tiveram filhos e a família crescia e vida continuava para esta família, até que, a filha do meio percebeu que uma das sobrinhas, uma da mais bonita de todas era a cara dela! E ela olhou-se no espelho e passou a se sentir tão bonita quanto à sobrinha e passou a se amar mais, a se valorizar e sentir-se mais respeitada por todos.

Nos finais de semana ou em datas comemorativas, está família se reunia, e entre um papo e outro sempre em tom de brincadeira, mas, com fundo de verdade, o filho ou filha do meio reclamava, que a atenção o carinho recebido dos pais era sempre menor em comparação aos recebidos pelos irmãos, o mais velho e o caçula.

O mais velho era aquele filho planejado, esperado com grande emoção e passa ser o centro de atenção e o queridinho de todos da família, já o segundo filho a emoção é menor os preparativos já não são o mesmo e depois vem o terceiro, a emoção também não é tão grande, mas, com o tempo todos volta atenção também para a raspa do tacho.

Sou professora e sempre converso com as minhas novas turmas sobre esta sina e até o presente momento não encontrei nenhum filho do meio que contestasse este fato.

E você?

Se não acredita!

Então, faça uma pesquisa e comprove a sina do filho(a) do meio!

myrabh
Enviado por myrabh em 03/05/2013
Código do texto: T4272758
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