UMA GRANDE E ETERNA AMIZADE!!!

Mamãe, Paulina de Souza Moraes, sempre foi muito querida, quer em Anápolis-Goiás, cidade que cresceu, estudou enfermagem, se formando com louvor na Escola de Enfermagem Florence Nightgale, que fazia parte do Hospital Evangélico Goiano de Anápolis, quer em Ipameri-Go cidade que foi morar quando se casou, onde residia seu esposo Pérsio Pedroso de Moraes juntamente com seus pais e irmãs, já casadas, as saudosas tias Zilda e Tia Nenzinha.

Papai, Pérsio Pedroso de Moraes era muito bem relacionado na cidade, tinha ótimas amizades, era muito direito e trabalhador. Antes de casar em 20 de julho de1939, havia perdido seu pai o meu avô Jonas Pedroso de Moraes, falecido prematuramente acometido de uma doença que na época não tinha muitas chances de cura. É claro que não conhecemos nosso avô paterno, mas é como se tivesse convivido com ele sempre, pois as lembranças dele nunca foram apagadas das mentes de sua esposa, filhos e amigos que perpetuaram sua existência falando dele, de sua vida, do seu jeito, e é por isso que até a presente data, e espero que para sempre tenhamos o seu exemplo em nossos corações.

Há mais de 20 anos papai foi estar com Cristo e confesso que não passou um dia sequer que mamãe, meus irmãos e eu não falássemos dele. Damos o maior valor nas amizades legadas a nós por ele, sinto o maior prazer quando encontro os velhos conhecidos do papai, ou seus filhos. E, agora, mais de 20 anos se passaram e perdemos a mamãe há poucos meses, perdemos não! Ganhamos um exemplo maravilhoso e estamos duplamente orgulhosos de nossos pais.

Todo este palavrório foi para falar de uma grande amiga da mamãe, Dona Diva Oliviére Lima, esposa de um também grande amigo do papai, Sr. Antônio Torres Lima. Espero poder descrever com todo carinho o amor verdadeiro que envolveu esta amizade. Não sei como foi realmente o inicio, mas sei que eu nem havia nascido e elas já eram amigas. Pelas fotos vivi os bons momentos passados ainda quando bebê. Maria Cecilia, primogênita do casal, é da minha idade, eu também sou primogênita, fomos criadas praticamente juntas, a diferença entre nós é de menos um mês. Não vou contar quem nasceu primeiro, coisa de mulher...

Sobre a minha amizade com a Ciça, como carinhosamente chamamos a Maria Cecilia, tenho muito que dizer, vou deixar para outra feliz ocasião. No momento quero falar da nossa querida Dona Diva. Maravilhosa, elegante, educada, linda, porém simples, caridosa, amorosa, boa esposa e amantíssima mãe. As lembranças são muitas. Eu amava ir para sua casa, não só pela ótima acolhida, como por todos os paparicos recebidos juntamente com suas filhas, Ciça, Lena, Angélica e o filho Caetano Carlos jamais esquecido por nós. A gente brincava muito e sempre íamos para a fazenda deles, que era um lugar inesquecível, a chegada ao local surgia inesperadamente aos nossos olhos, ás vezes penso que vivi apenas um sonho lindo, mas... Tenho firme na memória uma cena maravilhosa que era Dona Diva colhendo morangos em um canteiro em frente à casa grande da fazenda, linda com um chapéu bem grande e tão absorvida com o que estava fazendo que mais parecia uma visão ou um quadro de um famoso pintor que se inspirou naquele momento único. Sou muito grata a Deus por ter a Dona Diva gravada na história de nossas vidas.

Quando a mamãe ficou grávida do meu irmão caçula, o Persinho, papai e mamãe convidaram os amigos para serem os padrinhos da criança. Sabe, foi para perpetuar a amizade, pois somos evangélicos e nossas crianças não têm padrinhos, mas foi por amor. Este gesto de meus pais só contribuiu para que o Persinho desse valor nessa amizade eterna.

Nós mudamos de Ipameri para Goiânia e eles para Brasília-DF na década de 1960. Embora a distância não fosse grande, devíamos ter nos encontrado mais. Nada de tristeza... Valeu a pena tudo que elas passaram juntas, pois o respeito entre elas foi o que prevaleceu, uma muito católica, outra muito protestante, como eram chamados os evangélicos, com todo respeito, mas ambas filhas de Deus, justas e reconhecidas por todas as bênçãos recebidas. Toda honra toda gloria seja dada a Deus.

Foram duas grandes mulheres! Obrigado Jesus por tão grande legado.

Goiânia, 10 de maio de 11. Sônia. HOJE A MAIO DE 2013: Feliz Dia das Mães!!!

Legenda e referência pessoal:

Anápolis – Goiás – cidade do interior de Goiás;

Ipameri- Goiás – cidade do interior de Goiás;

Brasília DF – Capital da República do Brasil;

Pérsio Pedroso de Moraes – meu pai;

Paulina de Souza Moraes – minha mãe;

Diva Oliviére Lima- melhor amiga de minha mãe;

Antônio Torres Lima – esposo de D. Diva;

Maria Cecilia a Ciça, filha de D. Diva e Sr. Antônio- minha amiga de infância;

Caetano Carlos- irmão de Maria Cecilia;

Jonas Pedroso de Moraes – meu avô paterno;

Pérsio Junior – meu irmão caçula;

Alice Pedroso de Moraes – minha tia, irmã de meu pai;

Zilda Paranhos – minha tia, irmã de meu pai;

Escola de Enfermagem do Hospital Evangélico de Anápolis- GO;

Para meditar:

“Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor excede o de rubis. Provérbios 31, vs 10;

Sônia Pedroso
Enviado por Sônia Pedroso em 10/05/2013
Código do texto: T4283043
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