[ Minha Rotina ]

Enfim, saí da rotina. Deixei de falar mal dela e resolvi trocar uma idéia; com ela e com outras pessoas que agem da mesma forma. Queria saber se era louca ou os outros eram loucos...

Fui! Como tudo que faço na vida, com muita preguiça, porém, orgulhosa, uma guerreira por não ter cedido aos ‘desprazeres’ de uma tarde solitária. Fui! E Foi! Foi uma reflexão de risos, um vestido perfeito, do meu número que vestiu minha carapuça. É muito bom rir, principalmente quando se ri de si mesmo, o riso solto, largo, interessado e que ri junto com o cérebro. Como sou louca, neurótica, prisioneira e o melhor, você também é...

E pensar que por pouco essa prisão não me permitira sorrir. Cárceres, vivemos submetidos a esses cárceres, vários, diversos níveis, tipos, cores, nomes...há uma lista inimaginária de cárceres. Livrei-me de alguns, é verdade. Mas sempre nascem outros. Quero liberdade!

Fui e foi...minha liberdade, durante duas horas não percebidas, no entanto, senti minha alma vibrando.

Acho que aprendi a lição, quero tornar o verbo viver em um gerúndio eterno. Eis a lição que aprendi:

* "gente-sujeito vida-predicado/ eis a minha oração./ Subordinadas aditivas ou adversativas/ O enredo a gente sempre todo dia tece/o destino aí acontece:/o bem e o mal/tudo depende de mim/sujeito determinado da oração principal."

Fui!

*De Elisa Lucinda. Termos da nova dramática (Parem de falar mal da rotina).

04-03-2007 11:30