A chegada da chuva

Todo o tempo as gotas brilham. A chuva cai, santa e refrescante, lavando os pesadelos, transformando em sonhos e encantamentos o passado. O presente sempre é um pacote bem rendado, com fitas e bibelôs pendurados. Devo guardar o futuro, se ando nas poças da chuva e sinto uma alegria bem humana nos brilhos das poças d'água.

Ando anonimo nesta multidão de pensamentos, temem a chuva? O som é bom destas pequenas gotas. Há uma reciprosidade dentro dos encontros?

Não há sombrinhas, há andanças e algumas palavras escondidas pelas marquises. Se andamos soltos creio que sempre há algo novo, mesmo na cor cinza que cobre o céu. Conversas vão, veem e a chuva se esconde permitindo que se atravesse ruas sem ser preciso despedida nem adeus.

angela nadjaberg ceschim oiticica
Enviado por angela nadjaberg ceschim oiticica em 24/04/2007
Código do texto: T462742
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